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ALIMENTOS
Balanço da rede de cafeterias americana fala em investimento no país, e 1ª unidade deve ser inaugurada no último trimestre
Starbucks já admite abrir lojas no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
Balanço anual da Starbucks nos
EUA admite, pela primeira vez,
que a rede de cafeterias fará investimentos no Brasil. A informação
oficial, disponibilizada no material encaminhado à SEC (Securities and Exchange Commission),
a CVM americana, faz parte do relatório do comando da empresa e
do texto disponibilizado aos acionistas da cadeia de cafeterias, a
maior dos EUA, com lucro anual
em US$ 6,4 bilhões (R$ 13,6 bilhões) e 10.500 pontos no mundo.
A companhia cita ainda, dentro
dos planos de expansão, a Rússia
e a Índia.
Até o momento, rumores davam conta de que havia um projeto em andamento no país, mas a
empresa negava essa possibilidade. A porta-voz da Starbucks nos
EUA, Mai Kulthol, disse à Folha,
em agosto passado, que a empresa se sentia "encorajada" em relação às oportunidades no Brasil.
Neste final de semana, há encontros marcados entre fornecedores e a rede no país. A Folha
apurou que um fabricante de cafés, a Ipanema Coffee, uma das
principais produtoras de cafés especiais no país, tem reunião agendada com representantes da empresa no Brasil nos próximos dias.
Além disso, a Folha apurou que
a empresa já contratou uma consultoria de varejo -especializada
em localização de pontos- para
procurar um local para uma loja
em São Paulo. Até então, rumores
giravam em torno da possibilidade de abertura de loja, inicialmente, no Rio de Janeiro -nos bairros de Ipanema ou Leblon. Mas a
Folha apurou que São Paulo pode
receber a primeira loja.
Na capital paulista, a procura
inclui shopping centers frequentados por classes de maior poder
aquisitivo.
A expectativa de analistas de
mercado é que as primeiras lojas
sejam abertas no último trimestre
do ano. Será, no entanto, uma entrada discreta no mercado brasileiro. Uma série de fatores emperraram, até hoje, investimentos
maiores da rede no país. Razões
culturais e econômicas -além do
fato de a estratégia de rede estar
focada em outros países- sempre pesaram na decisão.
O brasileiro, mesmo aquele de
maior renda, tem à sua disposição
dezenas de padarias, muitas de
primeira linha e que atuam no ramo há anos nas capitais. O hábito
de tomar café da manhã nesses locais transforma esses pontos em
fortes concorrentes da cadeia, um
fenômeno no resto do mundo.
Ainda há as cafeterias especializadas, que expandiram, às pressas,
os planos de crescimento no país.
E o hábito do "café em xícara de
papelão", ícone da cultura Starbucks, como batizam os especialistas, é incipiente no país. Além
do preço salgado dos cafés da rede
em relação aos preços praticados
no Brasil.
À frente do negócio, em conversas com a empresa nos EUA, está
o casal Maria Luisa e Peter Rodenbeck, sócios dos restaurantes Outback no país e os investidores que
trouxeram, nos anos 1980, a rede
McDonald's ao Brasil. Se o projeto caminhar com êxito, o expresso vai chegar ao país por até US$
5, prevêem analistas do mercado.
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