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MERCADO FINANCEIRO
Juros futuros indicam queda da Selic; risco-país cai mais, para 685 pontos, o menor nível desde 2001
Negócios têm dia apático à espera do Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
Os negócios tiveram um dia
apático no mercado ontem. No
fechamento, dólar, Bolsa de Valores e C-Bonds registraram pequenas quedas.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, os investidores preferiram ser
cautelosos até a definição do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os juros básicos, que sai
hoje. O resultado foi o recuo no
volume negociado no pregão, que
ficou em apenas R$ 644,6 milhões. Na terça passada, por
exemplo, foram girados R$ 852
milhões. A queda do Ibovespa
(principal índice) ficou em 0,41%.
A informação de que a Embraer
fechou mais um negócio de venda
de aviões fez as ações preferenciais da empresa registrarem valorização de 2,6%, a segunda
maior alta do pregão. Alguns investidores preferiram comprar as
ações preferenciais da empresa,
que haviam caído 1,6% no pregão
de segunda-feira, mesmo sem haver detalhes sobre a operação.
Já o papel PN da Net liderou as
desvalorizações do dia, fechando
com queda de 5,5%.
A baixa dos títulos da dívida
brasileira mais negociados no
mercado internacional, os C-Bonds, ficou em 0,41%.
Mas, no ano, a alta dos títulos,
que fecharam vendidos a US$
0,9250 ontem, ainda é bastante
expressiva: 38%.
Para a consultoria Global Invest, os títulos soberanos da dívida brasileira -dentre eles os C-Bonds- subiram muito no segundo trimestre do ano. Com isso, este não seria o melhor momento para comprar os papéis,
especialmente devido às incertezas que ainda trazem as reformas
previdenciária e tributária e o impacto da desvalorização do dólar
nas contas públicas.
O risco-país voltou a recuar um
pouco, fechando em 685 pontos,
menor nível desde fevereiro de
2001.
O câmbio também teve um dia
morno de negócios, com as tesourarias bancárias concentrando as
compras e as vendas de moeda.
Com recuo de 0,31%, o dólar fechou vendido a R$ 2,866.
Os juros futuros encontraram
espaço para caírem mais um pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), fortalecendo a
expectativa de corte na Selic (taxa
básica de juros).
Os juros do contrato interbancário de prazo em julho fecharam
em 25,84% ao ano. O Copom decide hoje se reduz ou não a Selic,
que está em 26,5% anuais.
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