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São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Juros futuros indicam queda da Selic; risco-país cai mais, para 685 pontos, o menor nível desde 2001

Negócios têm dia apático à espera do Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

Os negócios tiveram um dia apático no mercado ontem. No fechamento, dólar, Bolsa de Valores e C-Bonds registraram pequenas quedas.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, os investidores preferiram ser cautelosos até a definição do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os juros básicos, que sai hoje. O resultado foi o recuo no volume negociado no pregão, que ficou em apenas R$ 644,6 milhões. Na terça passada, por exemplo, foram girados R$ 852 milhões. A queda do Ibovespa (principal índice) ficou em 0,41%.
A informação de que a Embraer fechou mais um negócio de venda de aviões fez as ações preferenciais da empresa registrarem valorização de 2,6%, a segunda maior alta do pregão. Alguns investidores preferiram comprar as ações preferenciais da empresa, que haviam caído 1,6% no pregão de segunda-feira, mesmo sem haver detalhes sobre a operação.
Já o papel PN da Net liderou as desvalorizações do dia, fechando com queda de 5,5%.
A baixa dos títulos da dívida brasileira mais negociados no mercado internacional, os C-Bonds, ficou em 0,41%.
Mas, no ano, a alta dos títulos, que fecharam vendidos a US$ 0,9250 ontem, ainda é bastante expressiva: 38%.
Para a consultoria Global Invest, os títulos soberanos da dívida brasileira -dentre eles os C-Bonds- subiram muito no segundo trimestre do ano. Com isso, este não seria o melhor momento para comprar os papéis, especialmente devido às incertezas que ainda trazem as reformas previdenciária e tributária e o impacto da desvalorização do dólar nas contas públicas.
O risco-país voltou a recuar um pouco, fechando em 685 pontos, menor nível desde fevereiro de 2001.
O câmbio também teve um dia morno de negócios, com as tesourarias bancárias concentrando as compras e as vendas de moeda. Com recuo de 0,31%, o dólar fechou vendido a R$ 2,866.
Os juros futuros encontraram espaço para caírem mais um pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), fortalecendo a expectativa de corte na Selic (taxa básica de juros).
Os juros do contrato interbancário de prazo em julho fecharam em 25,84% ao ano. O Copom decide hoje se reduz ou não a Selic, que está em 26,5% anuais.


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