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São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2003

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INTERNET

Companhia, proprietária do Hotmail e do MSN, rastreia os 15 maiores criadores mundiais de e-mails indesejáveis

Microsoft abre processos para conter spam

DA REDAÇÃO

A Microsoft, maior fabricante de softwares do planeta, lançou ontem uma agressiva campanha de combate ao spam (mensagem de e-mail indesejada). A companhia norte-americana abriu processos judiciais contra os que seriam os 15 principais "spammers" (os disseminadores dos e-mails) do planeta.
Estima-se que o spam represente hoje metade de todo o volume de e-mail trocado pela internet e que a proporção possa chegar a 65% ao final deste ano. Companhias de todo o mundo devem gastar, somente neste ano, US$ 20 bilhões para o combate dessas mensagens.
As 15 companhias e pessoas que serão processadas pela Microsoft (13 dos EUA e 2 do Reino Unido) seriam responsáveis por pelo menos 2 bilhões de mensagens, várias delas de conteúdo agressivo. A companhia informou que selecionou os "spammers" depois de um rastreamento em computadores e websites de 34 países.
"Não existem fronteiras para o spam. É uma questão que requer ação mundial coordenada, para que as empresas e o governo consigam proteger os consumidores", disse Brad Smith, vice-presidente da Microsoft.
O Hotmail, serviço gratuito de e-mail da Microsoft, tem 120 milhões de usuários em todo o mundo e é um dos alvos prediletos dos "spammers". A Microsoft tem outros 8,7 milhões de assinantes que utilizam o seu serviço MSN.
Em um comunicado, a Microsoft afirmou que os criadores das mensagens utilizaram frases, na linha de assunto do e-mail, que confundiam e enganavam os usuários. Muitas vezes, o conteúdo do e-mail trazia vírus, imagens pornográficas e outros assuntos tido como ofensivos.
"A tecla "deletar" não resolverá nosso problema. Precisamos ser agressivos", disse Christine Gregoire, procuradora-geral do Estado de Washington, sede da Microsoft. "Os processos abertos hoje são o tipo de ação que precisamos para pôr os "spammers" fora do mercado."

Ação global
Também ontem, os EUA e outros 39 países anunciaram esforços conjuntos para coibir a disseminação de mensagens indesejadas e ofensivas pela internet. A idéia é facilitar a investigação, sem a restrição de fronteiras.
Outro objetivo é coibir as fraudes realizadas por meio da rede mundial de computadores. As queixas de golpes pela internet dobraram no ano passado, para 31 mil casos, segundo a Comissão Federal de Comércio dos EUA.


Com o "Financial Times" e agências internacionais


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