|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Empresários brasileiros apontam
excesso de barreiras ambientais
FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO
A Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) entregou ontem à Unctad (Conferência das
Nações Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento) um documento criticando "a prática exacerbada do princípio da precaução" nas
barreiras ambientais. Para a entidade, o excesso de "selos verdes" e
a unilateralidade dessas regras aumentam os custos e trazem insegurança aos exportadores brasileiros. A Fiesp defende o direito à
negociação internacional das barreiras ambientais.
"A China pode ser um exemplo
típico de barreira eminentemente
técnica, que pode ser aplicada a
qualquer produto brasileiro", disse à Folha Mario Hirose, diretor
do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp. Segundo ele, há
atualmente 5.000 produtos que
têm as chamadas barreiras voluntárias, a maioria do setor privado.
O diretor da Fiesp afirma haver,
em geral, "um exagero das questões ambientais".
A proposta, entregue durante a
mesa-redonda "Promoção do
Comércio para o Desenvolvimento Sustentável", foi recebida com
ressalvas pelo alemão Klaus
Toepfer, diretor-executivo do
Programa Ambiental da ONU.
Em comentário após a intervenção oral de Hirose, disse ter "dúvidas se a proposta era boa".
O governo brasileiro também
está preocupado com as barreiras
voluntárias, segundo o coordenador-geral de Articulação Internacional do Inmetro, Paulo Ferracioli. Para ele, o órgão deve estender em breve o Programa Alerta
Exportador para orientar também sobre normas ambientais,
obrigatórias e voluntárias.
Atualmente, o Alerta Exportador, que é gerido pelo Inmetro
(Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial), fornece informações
apenas sobre regulamentos governamentais. Ferracioli diz que
hoje o Itamaraty deve entregar na
Organização Mundial do Comércio (OMC) um documento com
críticas à nova proposta da União
Européia que regulamenta a importação de produtos químicos.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Frase Índice
|