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MERCADO FINANCEIRO
Risco-país fechou em baixa de 3,9%, aos 769 pontos; Bolsa de Valores de São Paulo teve alta de 1%
Após três dias de baixa, dólar sobe 0,70%
DA REPORTAGEM LOCAL
Luiz Carlos Mendonça de Barros,Apesar da alta do dólar, o mercado doméstico teve um dia positivo. A Bovespa ignorou a baixa
das Bolsas norte-americanas e subiu 1%. Os C-Bonds subiram
1,27%, e o risco-país caiu 3,9%.
A valorização de 0,70% registrada pelo dólar, após três dias de
queda, levou a moeda norte-americana a R$ 2,87.
A apresentação dos principais
pontos da reforma da Previdência
pelo deputado José Pimentel (PT-CE) prendeu a atenção dos investidores, mas não chegou a sacudir
o mercado.
Ontem venceu uma dívida cambial de US$ 2,7 bilhões, da qual o
BC rolou 52% na semana passada.
A parcela que não foi rolada representou a retirada de US$ 1,3 bilhão em papel cambial do mercado. Isso poderia gerar uma pressão extra sobre o câmbio, com
instituições buscando outras formas de se proteger do sobe-e-desce da moeda.
A valorização do dólar foi mais
resultado de uma oferta menor de
moeda do que de um possível
nervosismo gerado pelas reformas conduzidas pelo governo,
avaliam analistas do mercado.
Os papéis da dívida do Brasil
mais negociados no exterior, os
C-Bonds, fecharam a US$ 0,8925.
Neste mês, os C-Bonds ainda não
foram negociados a US$ 0,9000.
Depois de subirem muito nos primeiros meses do ano, os títulos
perderam força.
As altas dos C-Bonds e de outros papéis da dívida brasileira levaram o risco-país a 769 pontos
-menor nível desde o dia 25 do
mês passado.
Na Bolsa de Valores de São Paulo o volume negociado ficou em
R$ 576 milhões. As ações da Embraer foram o destaque dentre as
desvalorizações. O papel ON da
empresa caiu 2,2%, e o preferencial recuou 2,1%.
Na liderança das altas ficaram
as ações preferenciais da Embratel Participações, com ganho de
4,3%. O papel com direito a voto
da Light subiu 3,5%.
Os juros futuros seguiram em
trajetória de baixa na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros). O contrato DI -que considera os negócios entre bancos-
de prazo mais curto, que melhor
espelha as expectativas dos investidores em relação à próxima decisão do Copom, fechou em
24,83%. Isso demonstra que o
mercado aposta que os juros básicos, hoje em 26%, serão reduzidos
em mais de um ponto percentual
na próxima semana.
(FV)
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