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São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Risco-país fechou em baixa de 3,9%, aos 769 pontos; Bolsa de Valores de São Paulo teve alta de 1%

Após três dias de baixa, dólar sobe 0,70%

DA REPORTAGEM LOCAL

Luiz Carlos Mendonça de Barros,Apesar da alta do dólar, o mercado doméstico teve um dia positivo. A Bovespa ignorou a baixa das Bolsas norte-americanas e subiu 1%. Os C-Bonds subiram 1,27%, e o risco-país caiu 3,9%.
A valorização de 0,70% registrada pelo dólar, após três dias de queda, levou a moeda norte-americana a R$ 2,87.
A apresentação dos principais pontos da reforma da Previdência pelo deputado José Pimentel (PT-CE) prendeu a atenção dos investidores, mas não chegou a sacudir o mercado.
Ontem venceu uma dívida cambial de US$ 2,7 bilhões, da qual o BC rolou 52% na semana passada. A parcela que não foi rolada representou a retirada de US$ 1,3 bilhão em papel cambial do mercado. Isso poderia gerar uma pressão extra sobre o câmbio, com instituições buscando outras formas de se proteger do sobe-e-desce da moeda.
A valorização do dólar foi mais resultado de uma oferta menor de moeda do que de um possível nervosismo gerado pelas reformas conduzidas pelo governo, avaliam analistas do mercado.
Os papéis da dívida do Brasil mais negociados no exterior, os C-Bonds, fecharam a US$ 0,8925. Neste mês, os C-Bonds ainda não foram negociados a US$ 0,9000. Depois de subirem muito nos primeiros meses do ano, os títulos perderam força.
As altas dos C-Bonds e de outros papéis da dívida brasileira levaram o risco-país a 769 pontos -menor nível desde o dia 25 do mês passado.
Na Bolsa de Valores de São Paulo o volume negociado ficou em R$ 576 milhões. As ações da Embraer foram o destaque dentre as desvalorizações. O papel ON da empresa caiu 2,2%, e o preferencial recuou 2,1%.
Na liderança das altas ficaram as ações preferenciais da Embratel Participações, com ganho de 4,3%. O papel com direito a voto da Light subiu 3,5%.
Os juros futuros seguiram em trajetória de baixa na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). O contrato DI -que considera os negócios entre bancos- de prazo mais curto, que melhor espelha as expectativas dos investidores em relação à próxima decisão do Copom, fechou em 24,83%. Isso demonstra que o mercado aposta que os juros básicos, hoje em 26%, serão reduzidos em mais de um ponto percentual na próxima semana. (FV)


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