São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 2006

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Dólar recua 0,36%, e Bolsa de SP perde 1,37%

Investidor espera corte de 0,5 ponto na Selic, amanhã

DA REPORTAGEM LOCAL

À espera de diferentes eventos e divulgação de indicadores econômicos no país e no exterior nos próximos dias, os investidores preferiram optar pela cautela ontem. O dólar teve queda de 0,36%, a R$ 2,205.
A Bovespa chegou a operar em alta (de 0,34%, na máxima), mas terminou o pregão com queda de 1,37%.
O recuo no preço do petróleo no exterior (leia abaixo) derrubou as ações da Petrobras. E, como as ações preferenciais da empresa -que caíram 4,20%- concentraram 23% dos negócios feitos ontem, acabaram por arrastar a Bolsa. O papel ON da petrolífera caiu 4,06%.
A Bovespa movimentou R$ 2,4 bilhões, dos quais R$ 449,46 milhões girados pelo exercício de opções sobre as ações.
Hoje, começa a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), e amanhã será anunciada a nova taxa básica da economia, a Selic, que está no momento em 15,25%. O mercado está majoritariamente posicionado à espera de uma redução de 0,50 ponto percentual (ou seja, para 14,75% anuais) na Selic.
Para o fim do ano, a previsão média das instituições financeiras é que a taxa caia até 14,25%, segundo a pesquisa semanal feita pelo Banco Central divulgada ontem.
A pesquisa "Focus" do BC também mostrou queda na projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano, de 3,81% para 3,77%. Isso fortaleceu a expectativa de corte da taxa básica e derrubou as projeções futuras dos juros.
O IPCA é o índice que serve de referência para a meta de inflação do governo, que é de 4,5% para este ano. Se a meta não está ameaçada, há mais espaço para a taxa Selic cair.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a taxa no contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim do ano caiu de 14,56% na sexta para 14,49% ontem.
No contrato que vence no fim do mês, a taxa recuou de 14,85% para 14,82%.
Com o mercado internacional menos turbulento, o risco-país brasileiro caiu 1,57% ontem, a 251 pontos.
Nos próximos dias, serão divulgados nos EUA dados de inflação, tanto ao produtor quanto ao consumidor norte-americano, o que deve mexer com o mercado global. (FABRICIO VIEIRA)


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