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Dólar recua 0,36%, e Bolsa de SP perde 1,37%
Investidor espera corte de 0,5 ponto na Selic, amanhã
DA REPORTAGEM LOCAL
À espera de diferentes eventos e divulgação de indicadores
econômicos no país e no exterior nos próximos dias, os investidores preferiram optar pela cautela ontem. O dólar teve
queda de 0,36%, a R$ 2,205.
A Bovespa chegou a operar
em alta (de 0,34%, na máxima),
mas terminou o pregão com
queda de 1,37%.
O recuo no preço do petróleo
no exterior (leia abaixo) derrubou as ações da Petrobras. E,
como as ações preferenciais da
empresa -que caíram 4,20%-
concentraram 23% dos negócios feitos ontem, acabaram
por arrastar a Bolsa. O papel
ON da petrolífera caiu 4,06%.
A Bovespa movimentou R$
2,4 bilhões, dos quais R$
449,46 milhões girados pelo
exercício de opções sobre as
ações.
Hoje, começa a reunião do
Copom (Comitê de Política
Monetária do BC), e amanhã
será anunciada a nova taxa básica da economia, a Selic, que
está no momento em 15,25%. O
mercado está majoritariamente posicionado à espera de uma
redução de 0,50 ponto percentual (ou seja, para 14,75%
anuais) na Selic.
Para o fim do ano, a previsão
média das instituições financeiras é que a taxa caia até
14,25%, segundo a pesquisa semanal feita pelo Banco Central
divulgada ontem.
A pesquisa "Focus" do BC
também mostrou queda na
projeção para o IPCA (Índice
de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano, de 3,81% para 3,77%. Isso fortaleceu a expectativa de corte da taxa básica e derrubou as projeções futuras dos juros.
O IPCA é o índice que serve
de referência para a meta de inflação do governo, que é de
4,5% para este ano. Se a meta
não está ameaçada, há mais espaço para a taxa Selic cair.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a taxa no
contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim do
ano caiu de 14,56% na sexta para 14,49% ontem.
No contrato que vence no fim
do mês, a taxa recuou de
14,85% para 14,82%.
Com o mercado internacional menos turbulento, o risco-país brasileiro caiu 1,57% ontem, a 251 pontos.
Nos próximos dias, serão divulgados nos EUA dados de inflação, tanto ao produtor quanto ao consumidor norte-americano, o que deve mexer com o
mercado global.
(FABRICIO VIEIRA)
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