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Justiça amplia a falência do Banco Santos
Administrador da massa falida decidirá sobre bens de outras 5 empresas de Edemar
Passivo deixado pelo grupo do empresário é estimado em cerca de R$ 3 bi, mas os créditos apurados ainda não ultrapassavam R$ 240 mi
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça do Estado de São
Paulo decretou a falência de
cinco empresas pertencentes
ao banqueiro Edemar Cid Ferreira. Na lista constam Atalanta, Cid Ferreira Collection, Maremar, Hyles e Finsec.
Edemar é o ex-controlador
do Banco Santos, cuja falência
foi decretada em setembro de
2005. Desde então, ele enfrenta
uma série de denúncias relativas à gestão do banco.
A sentença foi assinada no último dia 4 pelo juiz Caio Marcelo Mendes de Oliveira, da 2ª Vara de Falências e Recuperações.
O magistrado atendeu a um
pedido feito pelo Ministério
Público de São Paulo e endossado pelo administrador da
massa falida do Banco Santos,
Vânio Cesar Aguiar.
De acordo com os promotores, a extensão da falência deveria acontecer porque o dinheiro do Banco Santos teria sido desviado para essas outras
empresas de Edemar.
Com a decisão, as cinco empresas com falência decretada
perdem o direito à movimentação financeira. A partir de agora, também serão administradas por Vânio Aguiar. Assim, os
créditos serão destinados a pagamento de credores do banco.
A 6ª Vara Federal Criminal
condenou Edemar a 21 anos de
prisão por prática de crimes
contra o sistema financeiro e
lavagem de dinheiro. O banqueiro -cuja mulher, Márcia
Cid Ferreira, foi condenada a
quatro anos - chegou a ser preso, mas recorreu da sentença.
Os passivos do Santos estão
avaliados em cerca de R$ 3 bilhões. Os créditos da massa, em
contrapartida, não contam com
mais de R$ 240 milhões.
A Folha apurou que, a princípio, com a falência da semana
passada, a recuperação de créditos deverá aumentar consideravelmente.
A Atalanta era a empresa que
controlava a mansão de Edemar, cujos gastos consumiram
cerca de R$ 150 milhões. Já a
Cid Collection era responsável
pelas obras de arte (avaliadas
em mais ou menos R$ 30 milhões). Com a Finsec, existem
outros R$ 300 milhões em créditos securitizados, que estão
sendo discutidos judicialmente. A Hyles cuidava de imóveis
que envolvem mais R$ 100 milhões. E a Maremar contabiliza
R$ 500 milhões em empréstimos a pessoas ligadas ao banqueiro.
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