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BB diz que segue limites e pode vender crédito a outros bancos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil nega que
trabalhe com um limite máximo de 10% de seu patrimônio
para empréstimos direcionados a um mesmo grupo econômico. Por meio de sua assessoria, afirmou que segue o teto de
25% imposto pelas normas do
Banco Central.
Ao final de março, o BB tinha
um patrimônio de R$ 36 bilhões, o que significa que, para
respeitar as regras do BC, a instituição não pode emprestar
mais de R$ 9 bilhões para um
mesmo segmento da economia,
ainda que os financiamentos
sejam liberados para empresas
diferentes. A idéia é evitar que
os bancos não corram risco de
quebrar caso algum setor específico enfrente forte crise.
Dessa forma, o empréstimo
de R$ 4,3 bilhões concedido à
Oi para financiar uma parte da
compra da Brasil Telecom, caso
ela venha a ser permitida em
lei, estaria dentro dos parâmetros operacionais do BB. Também por meio de sua assessoria, o banco ressaltou que pode
revender os créditos à Oi a outras instituições financeiras a
qualquer momento, caso o BB
julgue conveniente. Isso é possível porque o financiamento
foi feito por meio de Cédulas de
Crédito Bancário, títulos que
podem ser negociados livremente no mercado.
De acordo com o BB, as negociações para a liberação do empréstimo começaram em abril
e se encerraram em maio,
quando os recursos foram efetivamente liberados. Para o
banco, a operação foi "totalmente compatível com prazo,
risco e condições do mercado à
época".
O BB também diz que outros
dez bancos foram convidados a
participar de uma espécie de
concorrência organizada pela
Oi para esse financiamento, o
que seria um sinal de que o negócio também interessava aos
bancos privados, mas teria sido
fechado com o BB porque o
banco federal teria oferecido as
condições mais favoráveis.
Pelo empréstimo, que tem
prazo de oito anos, a Oi irá pagar juros equivalentes à variação do CDI (Certificado de Depósito Bancário) mais juros de
1,3% ao ano.
Além disso, o BB informou
que o ganho que terá na operação fechada com a Oi vai além
dos juros do empréstimo, pois a
empresa também irá pagar ao
banco uma taxa pela assessoria
financeira prestada no processo de aquisição da Brasil Telecom. Alegando sigilo comercial,
o BB não revelou o valor dessa
taxa.
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