São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 2008 |
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Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br EFEITO EMBARGO Preços elevados, menor oferta de bois e embargo continuam segurando as exportações de carne bovina do Brasil. No primeiro semestre, o país colocou 1,1 milhão de toneladas de carne equivalente a carcaça no exterior, 19% a menos do que em igual período anterior. ALTA DE PREÇOS Apesar dessa queda, as receitas financeiras subiram 13% e atingiram US$ 2,5 bilhões. Essa alta ocorreu devido ao aumento de 40% nos preços internacionais da carne no período. Os dados são da Abiec (associação dos exportadores). QUEDA NA EUROPA As maiores reduções ocorreram nos países da União Européia, mas dispararam em vários outros países, principalmente na Ásia e no Leste Europeu. REABRIR MERCADOS Para elevar o volume exportado, a Abiec trabalha com a expectativa de reabrir o mercado do Chile, recuperar exportações para Europa, aprimorar o Sisbov e apostar em novos mercados como Indonésia, Coréia e, a médio prazo, EUA, diz Roberto Giannetti, da Abiec. FOME NO MUNDO A convite da Anda (adubos e fertilizantes), Pedro Sanches, pesquisador da Universidade de Columbia e especialista em projetos de aumento de produção de alimentos -tema do momento-, fala sobre a ameaça no suprimento mundial nesta segunda-feira, em São Paulo, no Maksoud Plaza. BOI DE CAPIM O congresso sobre boi de capim, que ocorre em Salvador, mostra que nem sempre a alta da carne significa ganhos para o produtor. Por falta de estrutura na cadeia produtiva, os pecuaristas baianos recebem até R$ 30 a menos por arroba do que os pecuaristas paulistas. O QUE FALTA Entre as causas da alta da carne para o consumidor baiano estão a falta de abatedouros regionais -o que faz com que 50% da carne consumida na Bahia seja oriunda de abates clandestinos-, a presença de atravessadores e a "exportação" de bezerros para outros Estados. CRISE NO SETOR Esses problemas na cadeia de carne bovina da Bahia podem levar a uma crise de desabastecimento no setor em dois anos, conforme conclusões de alguns dos participantes do congresso, que se encerra hoje. VENDAS DE CAFÉ A comercialização da safra 2008/9 (julho/junho) de café atingiu 30% do total, conforme levantamento de Safras & Mercado. No ano passado, a comercialização era de 22%. Pelos dados da Safras, 15,2 milhões de sacas de 60 quilos já foram comercializados. A consultoria estima produção de 50,4 milhões de sacas. DIA DE BAIXA O mercado de commodities continuou o período de gangorra das últimas semanas. Ontem, os principais produtos negociados nas Bolsas internacionais tiveram forte retração. Em Nova York, açúcar (7,8%) e cacau (5,9%) lideraram as quedas. Já em Chicago, a liderança nas quedas ficou para milho (4,1%) e soja (3,3%). Texto Anterior: Trabalho 2: Petrobras é acusada de cárcere privado Próximo Texto: Governo vai licitar linhas de ônibus Índice |
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