|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Emprego formal no país volta a bater recorde em junho
Criação de vagas com carteira assinada no 1º semestre também foi a maior da história, com 1,36 milhão de postos
Com novos resultados, impulsionados pelo setor agrícola, governo eleva para 2 milhões a projeção de empregos formais neste ano
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério do Trabalho reviu suas projeções para o desempenho do mercado formal
no ano e elevou de 1,8 milhão
para 2 milhões de empregos a
meta de geração de vagas até
dezembro. A reestimativa foi
feita com base no número recorde de criação de postos no
primeiro semestre: 1,361 milhão de novas vagas, conforme
antecipou a Folha ontem.
O resultado ficou 24,27% acima da melhor marca atingida
até então. De janeiro a junho de
2007, foi criado 1,095 milhão
de postos. Os dados do mês de
junho também animaram o ministro Carlos Lupi (Trabalho) a
rever a meta. "Em junho, geramos o maior número de empregos formais da história do
Brasil para um único mês."
No mês passado, o mercado
formal apresentou saldo positivo de 309.442 vagas. Antes disso, o maior número de geração
de empregos em um mês havia
sido registrado em abril do ano
passado (301.991). O setor que
mais colaborou para a boa performance do mercado em junho foi a agricultura (92.580),
principalmente por conta das
lavouras cafeeiras de Minas
Gerais e São Paulo.
As atividades de serviços vieram em seguida, registrando
73.436 novas vagas no mês. O
segmento de administração de
imóveis e de serviços técnicos
de limpeza e vigilância associado ao de alojamento e alimentação foram os que mais impulsionaram a criação de vagas no
mês passado.
Na avaliação do ministro,
apesar da alta da inflação e do
processo de elevação dos juros
deflagrado pelo Banco Central,
o emprego continuará em forte
expansão nos próximos meses.
"O aumento da inflação está
atingindo o mundo todo. Não é
algo que ocorre somente no
Brasil e, por isso, os grandes investimentos não são afetados
aqui. Eles continuam e geram
mais empregos", afirmou Lupi.
Para ele, a dosagem que o BC
vem aplicando na elevação da
taxa Selic tem se mostrado
acertada. O ministro acrescentou ainda que o setor produtivo
tem capacidade de atender à
demanda interna e externa,
pois continua investindo e
criando postos. "Se estão empregando, é porque podem
produzir mais."
Regiões
O Sudeste foi a região que puxou a alta do emprego no mês
passado, com a geração de
194.732 vagas. Somente em São
Paulo, foram criados 102.726
postos em junho. Em segundo
lugar, aparece o Nordeste, que
foi responsável por 39.972 empregos, superando as regiões
Sul e Centro-Oeste -tradicionalmente as áreas a ocupar a
segunda posição.
Também no acumulado do
ano, o Sudeste se destaca entre
as regiões e, mais um vez, São
Paulo desponta na liderança,
com 577.745 postos.
Na análise do Ministério do
Trabalho, a geração de emprego formal nas áreas metropolitanas foi menor do que a registrada nos municípios do interior, segundo os dados de junho. A influência do ciclo agrícola foi determinante para isso.
"Essa notícia é muito boa porque o aumento do emprego no
interior evita o êxodo rural e
garante mais qualidade de vida", afirma o ministro.
Texto Anterior: Governo vai licitar linhas de ônibus Próximo Texto: Fiesp e CUT se unem contra alta de preços Índice
|