São Paulo, sábado, 18 de agosto de 2007

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Bolsas européias se recuperam no fim do dia

DA REDAÇÃO

A ação do Fed (o banco central americano) na manhã de ontem nos EUA interrompeu a trajetória de queda vivida pelas Bolsas européias desde o final da semana passada. Londres, por exemplo, teve a sua maior alta em mais de quatro anos.
Antes do anúncio do organismo dos Estados Unidos, os principais mercados da região estavam em baixa, mas a tendência foi revertida e elas terminaram a semana em alta.
O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, que chegou a cair mais de 1%, subiu 3,50%, depois de, no pregão anterior, ter tido a sua pior queda desde março de 2003. Na quinta, ele também atingiu o seu menor nível desde setembro do ano passado. A Bolsa, no entanto, ainda registra perdas de 2,52% acumuladas neste ano.
Situações semelhantes foram vividas pelas Bolsas de Paris e Frankfurt. A primeira se valorizou em 1,86%, e a segunda, em 1,49%.
A discussão agora, entre analistas, é se o resultado de ontem foi um fato isolado ou se ele deverá se repetir nos próximos pregões, dando, pelo menos, uma pausa na turbulência.
Para Justin Urquhart Stewart, do Seven Investment Management, "qualquer recuperação dos mercados provavelmente é falsa" até que as instituições financeiras tenham calculado toda a extensão dos seus prejuízos com o mercado americano de "subprime" (crédito imobiliário para pessoas com histórico ruim de pagamento). "Você não consegue se curar enquanto não se livrar do veneno", disse Stewart.
"A volatilidade que nós estamos vendo não tem precedentes", disse Graham Secker, estrategista do Morgan Stanley.
Segundo Darren Winder, do Cazenove, "os mercados estão estão sendo levados mais pelos sentimentos do que pelos fundamentos". Ele afirmou que a volatilidade deverá continuar.


Com o "Financial Times"


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