São Paulo, terça-feira, 18 de agosto de 2009

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Sem recursos, produtor vai pagar a conta

DA REDAÇÃO

Uma coisa é certa. Se não vier uma sustentação interna de preços, o produtor vai arcar com o prejuízo. Lawrence Pih diz que "os moinhos são apenas repassadores e sempre vão em busca de qualidade e preços menores".
Nesse caso, os preços menores podem estar no mercado externo, principalmente na Argentina, que, de repente, sinaliza com uma boa sobra de trigo da safra passada.
Além disso, se o país vizinho vier a produzir 8 milhões de toneladas na safra 2009/10, como está previsto, ainda sobrarão de 1,5 milhão a 2 milhões de toneladas para exportação.
A forte concorrência de outros produtores fará com que a Argentina volte a mirar o Brasil, trazendo para o mercado brasileiro a média de preços praticada internacionalmente.
Os números atuais jogam contra o produtor. Os estoques remanescentes da safra 2008/9 no Mercosul somam 3,5 milhões de toneladas: 1,5 milhão na Argentina e 2 milhões no Brasil. Da safra nova -a de 2009/10-, Argentina, Uruguai e Paraguai deverão ter sobra exportável de outros 3,3 milhões de toneladas, segundo Pih.
O Brasil deve produzir perto de 6 milhões de toneladas, dos quais 5 milhões devem ser ofertados aos moinhos, elevando o total disponível para 11,8 milhões de toneladas. O consumo interno está próximo de 9,5 milhões de toneladas, segundo Pih.
Nas contas da Conab, o suprimento total de trigo será de 13,8 milhões de toneladas, com consumo interno de 11,1 milhões. (MZ)


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