São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2006

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Mercado aberto

Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br

Banco prevê PIB abaixo de 3% em 2006

Não deverá ser neste ano que a economia no Brasil irá deslanchar. Apesar do discurso otimista do governo, a expansão do PIB deverá ficar em 2,8%, resultado bem abaixo dos 4% previstos pelo Banco Central.
A projeção consta de relatório concluído na semana passada pelo departamento de economia do banco Credit Suisse, uma das bússolas mais respeitadas do mercado. Até então, o CS previa uma alta de 3%. Para 2007, prevê uma taxa de 3%.
O resultado, se confirmado, será uma ducha de água fria para o governo Lula, que pretendia encerrar o primeiro mandato com números de crescimento muito mais expressivos. Uma expansão abaixo de 3% mantém a média do crescimento do país, nesses quatro anos, em um patamar bem baixo, principalmente se for levado em conta o desempenho dos países emergentes em geral.
O Credit Suisse também reviu a projeção de inflação. Nas contas do banco, a taxa medida pelo IPCA fechará o ano em 2,8% -a previsão anterior era de 3,2%. Esse número significa que a inflação encerrará o ano bem próxima do limite inferior da meta, de 2,5%. Será a primeira vez que isto ocorre desde a introdução do regime de metas, em 1999. Para 2007, o banco mantém a previsão de 4%.
Diante do comportamento mais fraco do PIB e da inflação perto do limite inferior da meta, o CS espera para a reunião do Copom de outubro um novo corte de 0,5 ponto percentual na taxa de juro básico da economia, apesar de o BC ter voltado a falar em maior parcimônia na política monetária.
Para novembro, última reunião do Copom do ano, a previsão é de um corte de 0,25 ponto. Com isso, a previsão do CS é de que a Selic encerre 2006 em 13,5%. Para o fim de 2007, a projeção do banco é de 12%.

MÃO NA MASSA
Com 12 anos de existência e sete de atuação no mundo corporativo, a agência de desenvolvimento de projetos de eventos Hands começa a usar o ROI (Results On Investiment), método norte-americano que avalia resultados das ações de marketing criadas para as empresas-clientes. A experiência piloto, ainda em curso, acontece em treinamento desenvolvido pela agência para a rede de lojas esportivas Centauro. Marcelo Lenhard, fundador da Hands, explica que o método se divide em cinco níveis: reação, aprendizado, aplicabilidade e implementação, impacto de negócios e, a fase terminal, uma equação matemática. "Dividimos o investimento pelos custos do evento e sabemos, no fim, qual é o percentual de melhoria através de toda a ação", explica. Além dos eventos de recursos humanos voltado para empresas, desenvolvidos pela Hands Corp, a agência mantém uma outra seção, a Hands Fun, que desenvolve ações voltadas especialmente para o público jovem, um dos principais focos desde sua fundação.

NEW LOOK
A Le Postiche começa a pôr em prática agora a série de mudanças que compõe a reformulação total da marca de bolsas e acessórios, definida há três anos. "Introduzimos o conceito de moda em todos os aspectos da loja", diz Alessandra Restaino, diretora comercial da rede. Entre as modificações, estão uma nova identidade visual, uma reestruturação física, com o uso de manequins e sofás, e um aroma e trilhas sonoras criadas especialmente para a marca. "Até o fim do ano, cerca de 30 lojas já devem ser totalmente reformuladas", afirma a diretora.

RECUPERAÇÃO
As vendas do segmento de eletroeletrônicos mostram sinais de recuperação em julho, entre os micro e pequenos varejistas de São Paulo.
A Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo, que a Fecomercio-SP divulga hoje, aponta que as vendas reais do grupo cresceram 7,5% sobre o mesmo mês de 2005.
Entre junho deste ano e o do ano passado, o faturamento real do ramo foi praticamente estável -cresceu 1%.

TECIDOS
O Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuário e Armarinhos de SP aponta alta de 2% nas vendas da primeira quinzena de setembro.

PETRÓLEO
"Se não aumentarmos um único barril de petróleo, nossas reservas nos garantem 19 anos de produção aos níveis atuais. Em 2015, com as informações disponíveis hoje, este indicador aponta para 15 anos, o que é extremamente alto em termos do setor", afirmou José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, para o "Caderno de Energia e Petróleo", lançado na última semana pela FGV Projetos.

ENERGIA
Aloisio Vasconcelos, presidente da Eletrobrás, apresenta amanhã o programa Energia Para a Paz, de energia para áreas rurais, durante a 6ª Ecolatina.


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