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outro lado
Empresas agiram com transparência, afirma associação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A associação das empresas
do setor petrolífero afirma
que elas agiram com transparência e respeitaram a legislação ao procurar congressistas para alterar os
projetos do pré-sal. Também
diz que seguiram à risca as
regras para financiar campanhas em 2006.
João Carlos França de Luca, presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo,
Gás e Biocombustíveis), associação que reúne as principais empresas do setor, afirmou que a entidade está
atuando de forma apartidária e negou relação com as
emendas "clonadas".
"O IBP é uma instituição
apartidária, tem 230 empresas associadas e defendemos
o que é comum para o setor.
Não podemos responder por
eventuais ações isoladas de
nossos sócios", disse ele, afirmando ainda que vai averiguar o que pode ter ocorrido
em relação às emendas.
O empresário afirmou que
conversou e entregou as
emendas do instituto a lideranças de oito partidos, governistas e de oposição, e
também ao líder do governo
na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS). Além disso, afirma, procurou nesta semana
o senador Delcídio Amaral
(PT-MS), ex-diretor da Petrobras e o congressista que
mais recebeu recursos do setor em 2006.
"Não há constrangimento
porque as empresas que colaboraram com minha campanha não atuam apenas na
área do petróleo. Além disso,
independentemente do modelo a ser adotado, elas estarão no jogo porque são empresas consolidadas", disse o
senador, afirmando ter recebido sugestões de empresários. Amaral prometeu analisá-las a partir de amanhã.
Na Câmara, ACM Neto
(DEM-BA), o deputado que
ganhou o maior montante do
setor nas últimas eleições,
disse não estar participando
diretamente da discussão do
pré-sal. Ele afirma que não
vai apresentar emendas e
ressaltou que, por integrar a
Mesa da Câmara, não pode
integrar as comissões especiais que tratam do pré-sal.
A Folha procurou as principais doadoras nas eleições
de 2006. As empresas que se
dispuseram a falar afirmaram que as transferências de
recursos estão registradas
no Tribunal Superior Eleitoral e não têm relação com
novas regras do pré-sal.
"Todas as doações da empresa são feitas com total
transparência, seguindo os
parâmetros legais, e diretamente a candidatos e partidos", disse a assessoria da
UTC. "É provável que a empresa continue a contribuir
financeiramente para a campanha de candidatos oriundos das regiões em que ela
tem presença. A escolha recai sobre aqueles que incluam em suas plataformas
eleitorais e em sua prática
política compromissos alinhados aos princípios do desenvolvimento sustentável,
compartilhados pela Braskem", afirmou a assessoria
da empresa.
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