São Paulo, sexta-feira, 18 de setembro de 2009

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Bolsa perde fôlego, mas continua em 60 mil pontos

Queda da Bovespa ficou em 0,3%; dólar sobe a R$ 1,807

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após dias seguidos de recuperação, os mercados deram uma pausa ontem. Para a Bolsa de Valores de São Paulo, o pregão resultou em recuo de 0,29% -mas se manteve acima dos 60 mil pontos.
Dessa vez, dados positivos referentes à economia norte-americana não conseguiram manter o mercado em alta. Em Wall Street, o índice Dow Jones, que reúne 30 das ações americanas mais negociadas, terminou com baixa de 0,08%.
O governo norte-americano informou que houve recuo nos pedidos de auxílio-desemprego no país na última semana. Bom sinal para um país que tem vivido um aumento explosivo do desemprego durante a crise financeira. Outros dados positivos foram a expansão da atividade manufatureira na região da Filadélfia e o aumento no volume de construções de moradias nos EUA.
As Bolsas de Valores chegaram a operar com ganhos, mas não sustentaram a alta.
A Bovespa registrou valorização de 1,02% na máxima do dia, superando os 61 mil pontos. Mas, em nível tão alto, acabou por estimular os investidores a venderem ações para aproveitar os lucros acumulados.
Até mesmo as ações do JBS, que dispararam 8,80% na quarta-feira após as aquisições que o levaram ao posto de maior frigorífico do mundo, acabaram por perder fôlego. Ontem subiram apenas 0,80%.
Quem se destacou na ponta de alta foram as ações das administradoras de cartões. Os papéis da VisaNet subiram 4,67%, e os da Redecard, 3,93%. Os papéis se beneficiaram da decisão do Cade de manter a exclusividade da VisaNet no credenciamento de cartões de crédito da bandeira Visa.
Outra ação com bom desempenho em um dia fraco para o mercado foi a do Banco do Brasil. O papel subiu 1,19%, refletindo a possibilidade de aumento da participação dos estrangeiros na instituição.

Dólar
O ritmo do câmbio não foi diferente do ocorrido nos outros segmentos do mercado financeiro. O dólar, depois de chegar a ser negociado abaixo de R$ 1,80 anteontem, se fortaleceu um pouco e subiu para R$ 1,807. No fim das operações, marcava apreciação de 0,39% diante do real. No mês, ainda registra baixa de 4,39%.
"Embora no curtíssimo prazo a moeda brasileira possa até se valorizar um pouco mais, o espaço para esse movimento deve ser menor ao longo dos próximos meses. A não ser que o cenário externo continue melhorando de forma acentuada nestes últimos meses do ano, a taxa de câmbio deve encerrar 2009 um pouco acima do patamar de R$ 1,80", afirma Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.


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