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Bolsa perde fôlego, mas continua em 60 mil pontos
Queda da Bovespa ficou em
0,3%; dólar sobe a R$ 1,807
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após dias seguidos de recuperação, os mercados deram
uma pausa ontem. Para a Bolsa
de Valores de São Paulo, o pregão resultou em recuo de
0,29% -mas se manteve acima
dos 60 mil pontos.
Dessa vez, dados positivos referentes à economia norte-americana não conseguiram
manter o mercado em alta. Em
Wall Street, o índice Dow Jones, que reúne 30 das ações
americanas mais negociadas,
terminou com baixa de 0,08%.
O governo norte-americano
informou que houve recuo nos
pedidos de auxílio-desemprego
no país na última semana. Bom
sinal para um país que tem vivido um aumento explosivo do
desemprego durante a crise financeira. Outros dados positivos foram a expansão da atividade manufatureira na região
da Filadélfia e o aumento no
volume de construções de moradias nos EUA.
As Bolsas de Valores chegaram a operar com ganhos, mas
não sustentaram a alta.
A Bovespa registrou valorização de 1,02% na máxima do dia,
superando os 61 mil pontos.
Mas, em nível tão alto, acabou
por estimular os investidores a
venderem ações para aproveitar os lucros acumulados.
Até mesmo as ações do JBS,
que dispararam 8,80% na quarta-feira após as aquisições que
o levaram ao posto de maior frigorífico do mundo, acabaram
por perder fôlego. Ontem subiram apenas 0,80%.
Quem se destacou na ponta
de alta foram as ações das administradoras de cartões. Os
papéis da VisaNet subiram
4,67%, e os da Redecard, 3,93%.
Os papéis se beneficiaram da
decisão do Cade de manter a
exclusividade da VisaNet no
credenciamento de cartões de
crédito da bandeira Visa.
Outra ação com bom desempenho em um dia fraco para o
mercado foi a do Banco do Brasil. O papel subiu 1,19%, refletindo a possibilidade de aumento da participação dos estrangeiros na instituição.
Dólar
O ritmo do câmbio não foi diferente do ocorrido nos outros
segmentos do mercado financeiro. O dólar, depois de chegar
a ser negociado abaixo de R$
1,80 anteontem, se fortaleceu
um pouco e subiu para R$
1,807. No fim das operações,
marcava apreciação de 0,39%
diante do real. No mês, ainda
registra baixa de 4,39%.
"Embora no curtíssimo prazo a moeda brasileira possa até
se valorizar um pouco mais, o
espaço para esse movimento
deve ser menor ao longo dos
próximos meses. A não ser que
o cenário externo continue melhorando de forma acentuada
nestes últimos meses do ano, a
taxa de câmbio deve encerrar
2009 um pouco acima do patamar de R$ 1,80", afirma Miriam
Tavares, diretora de câmbio da
corretora AGK.
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