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CSN vende 40% de mineradora por US$ 3,1 bi
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Em meio à crise e à perspectiva de retração da demanda
por commodities, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional)
anunciou ontem a venda de
40% da subsidiária Namisa,
produtora de minério de ferro,
a um consórcio de siderúrgicas
japonesas por US$ 3,12 bilhões.
Desde o início do ano, a CSN
procurava um comprador ou
sócio para a empresa de mineração, constituída em 2006.
Segundo especialistas, dois
foram os motivos para a demora da operação: a crise global
-que resultou na menor procura por aço e commodities- e
o elevado preço estimado para
a Namisa. A CSN chegou a oferecer a mineradora por US$ 11
bilhões. Já o mercado a avaliou
em até US$ 2 bilhões.
A empresa fechou o negócio
agora com o consórcio liderado
pela Itochu Corporation, cuja
participação é de 40%. Também estão na parceria Nippon
Steel, JFE Steel, Sumitomo,
Kobe Steel e Nisshin Steel,
além da coreana Posco.
As empresas são clientes da
Namisa e compraram participação correspondente ao seu
consumo de minério de ferro.
Diante do aumento do preço do
produto nos últimos anos, muitas siderúrgicas buscam assegurar acesso a matérias-primas
por meio de aquisições de mineradoras de ferro e carvão,
principais insumos do aço.
A Namisa surgiu em 2006 para explorar reservas em Minas
Gerais, mas constituiu seu
principal ativo em 2007, com a
aquisição da mineradora CFM
por US$ 440 milhões.
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