São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

Texto Anterior | Índice

Mercado de commodities vive hora de "confiança contida"

DA REDAÇÃO

A hora é de "confiança contida" no mercado mundial de commodities minerais. Do lado da procura, se a China puxa a demanda, a dependência de um só mercado incomoda. "Os chineses hoje têm opções de oferta. Compram cada vez mais no mercado spot [à vista], visando preços mais baixos", diz Mathias Heider, especialista em recursos minerais do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral, do Ministério de Minas e Energia).
A boa notícia é que a recuperação da Europa e do Japão dá sinais de estar a caminho, afirma Leonardo Alves, analista da Link Investimentos. Se em 2009 apenas a China apresentou crescimento de demanda, para o próximo ano pode haver mais diversificação entre os principais compradores.
Do lado da oferta, existe a expectativa de o Brasil ter como atender compradores, mesmo com a redução de investimentos para os próximos cinco anos. Mas existem pedras no meio do caminho a longo prazo.
Para o tranquilo cenário no minério de ferro -a expectativa é que a extração no país cresça 85% até 2013, para 636 milhões de toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração-, há preocupação quanto ao cobre. Para essa commodity, não há grandes jazidas de classe mundial sendo descobertas.
De acordo com Edmo Chagas, analista do BTG Pactual, a previsão de corte de US$ 10 bilhões nos investimentos das mineradoras para o período de cinco anos interfere, mas não compromete a oferta brasileira de commodities minerais.
"O agravamento da crise no ano passado causou apenas o adiamento, em torno de 12 meses, do desenvolvimento dos projetos", afirma Marcelo Aguiar, analista do Goldman Sachs. Segundo ele, o mercado é altista no triênio 2010/12, pela avaliação de que vai faltar minério para tanta demanda. (GF)


Texto Anterior: Ameaçada, mineração revê investimentos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.