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Mercado de commodities vive hora de "confiança contida"
DA REDAÇÃO
A hora é de "confiança contida" no mercado mundial de
commodities minerais. Do lado
da procura, se a China puxa a
demanda, a dependência de um
só mercado incomoda. "Os chineses hoje têm opções de oferta. Compram cada vez mais no
mercado spot [à vista], visando
preços mais baixos", diz Mathias Heider, especialista em
recursos minerais do DNPM
(Departamento Nacional de
Produção Mineral, do Ministério de Minas e Energia).
A boa notícia é que a recuperação da Europa e do Japão dá
sinais de estar a caminho, afirma Leonardo Alves, analista da
Link Investimentos. Se em
2009 apenas a China apresentou crescimento de demanda,
para o próximo ano pode haver
mais diversificação entre os
principais compradores.
Do lado da oferta, existe a expectativa de o Brasil ter como
atender compradores, mesmo
com a redução de investimentos para os próximos cinco
anos. Mas existem pedras no
meio do caminho a longo prazo.
Para o tranquilo cenário no
minério de ferro -a expectativa é que a extração no país cresça 85% até 2013, para 636 milhões de toneladas, segundo o
Instituto Brasileiro de Mineração-, há preocupação quanto
ao cobre. Para essa commodity,
não há grandes jazidas de classe
mundial sendo descobertas.
De acordo com Edmo Chagas, analista do BTG Pactual, a
previsão de corte de US$ 10 bilhões nos investimentos das
mineradoras para o período de
cinco anos interfere, mas não
compromete a oferta brasileira
de commodities minerais.
"O agravamento da crise no
ano passado causou apenas o
adiamento, em torno de 12 meses, do desenvolvimento dos
projetos", afirma Marcelo
Aguiar, analista do Goldman
Sachs. Segundo ele, o mercado
é altista no triênio 2010/12, pela avaliação de que vai faltar minério para tanta demanda.
(GF)
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