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Desemprego é maior entre os mais jovens
DA SUCURSAL DO RIO
Quanto mais jovem é o recorte da população economicamente ativa (aquela que
está empregada ou procurando emprego), mais alto é
o desemprego. Já quanto
mais velho, menores são as
taxas, chegando até mesmo
a se enquadrar no que os especialistas consideram como pleno emprego -um
percentual inferior a 5%.
Mais: essa tendência tem
se consolidado nos últimos
anos, segundo os dados do
levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na faixa etária de 15 a 17
anos, a taxa de desemprego
era de 13,8% em 1997. Subiu
para 17% na média deste ano
(até setembro). De 18 a 24
anos, passou de 10,9% para
14,7%. No mesmo período, o
desemprego também subiu
entre os mais velhos, mas
num ritmo muito menor. De
50 a 59 anos, a taxa era de
2,2% em 1997 e ficou em
3,2% em 2002.
O mesmo ocorreu entre as
pessoas com idade entre 40 e
49 anos: o desemprego subiu
de 3% para 4,5%, se encaixando ainda no conceito de
pleno emprego.
Sucessivas crises econômicas -russa em 1998 e cambial no Brasil em 1999- explicam o crescimento do desemprego. A comparação
também fica prejudicada
porque 1997 foi um ano de
bom desempenho da economia. Com esse cenário, a faixa etária de 30 a 39 anos
(uma das mais numerosas)
registrou um desemprego de
4,5% em 97 -a taxa aumentou para 5,9% neste ano.
Desemprego recorde
Nos números gerais, o desemprego continua alto. Na
Grande São Paulo atingiu
em setembro 9,4%, maior
taxa desde que o IBGE começou a pesquisa, em 82.
Na média das seis regiões
metropolitanas pesquisadas,
o desemprego subiu de 7,2%
em agosto para 7,6% em setembro, alcançando o maior
índice desde fevereiro de
2000. Já a renda do trabalhador caiu em agosto pelo 20º
mês seguido.
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