|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Itaú e Unibanco têm juntos 2º maior lucro das Américas
Crise corrói o lucro dos bancos norte-americanos
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
A crise no setor financeiro
corroeu o lucro dos maiores
bancos americanos abrindo espaço para as instituições brasileiras aparecem no topo do ranking de lucro do setor no terceiro trimestre na América Latina
e Estados Unidos, segundo a
consultoria Economática.
Juntos, Itaú e Unibanco
-que anunciaram fusão há
duas semanas- somam lucro
líquido de US$ 1,33 bilhão. Trata-se do segundo maior resultado financeiro dessa amostra,
abaixo apenas do lucro líquido
de US$ 1,637 bilhão apurado
pelo americano Wells Fargo
entre julho e setembro.
Os lucros de Itaú e Unibanco
somados superam inclusive a
posição do Bank of America, o
banco americano de varejo menos prejudicado pela crise e que
tem participação de 5% no Itaú.
O banco americano lucrou US$
1,177 bilhão. O Citigroup, que já
foi o maior banco do mundo,
anunciou prejuízo de US$ 2,8
bilhões no terceiro trimestre.
Até o ano passado, o Citi disputava com o Bank of America a
liderança do varejo americano.
No estudo da Economática,
Bradesco, Banco do Brasil e
Itaú ocupam, respectivamente,
o terceiro, o quarto e o quinto
lugares com ganhos de US$
997,9 milhões, US$ 975,3 milhões e US$ 965,2 milhões.
Apesar de se destacarem no
ranking das Américas, Itaú e
Unibanco tiveram forte queda
-de 26,9% e de 43,6%- no lucro líquido em dólares, ante o
terceiro trimestre de 2007.
A diminuição dos ganhos foi
atribuída pela Economática ao
efeito da variação do dólar e à
diminuição de ganhos extraordinários apurados em 2007,
que não se repetiram neste ano.
No levantamento, cinco bancos brasileiros -BB, Bradesco,
Itaú, Unibanco, Santander-
aparecem entre as 20 instituições da região com maior lucro
no terceiro trimestre. No mesmo período do ano passado, o
Santander ainda não aparecia
nesse ranking.
Para o consultor Roberto
Luis Troster, da Integral Trust,
apesar da solidez do sistema financeiro brasileiro a liderança
dos bancos nacionais na região
se deu mais pela crise global.
Ele receia que as instituições
brasileiras percam posição devido à redução do crédito. "Vamos ver se eles conseguem
manter [a posição]. Se você
considera que a economia americana é dez vezes maior do que
a brasileira, não sei se é tão natural assim ver os bancos brasileiros no topo [do ranking]."
Texto Anterior: Acesso ao crédito não melhorou, afirma Fiesp Próximo Texto: Presidente do BC defende reforma tributária Índice
|