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Gol prevê crescer 6% em 2009, mesmo com crise
Ganhos virão de sinergias e alta do dólar, que deve incentivar o turismo interno, diz empresa
Companhia, que registrou prejuízo no 3º tri, afirma que preço do bilhete deverá continuar em alta, mesmo com a queda do petróleo
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo depois de divulgar
prejuízo contábil de R$ 474 milhões no trimestre e de ver o
número de passageiros no setor
cair em outubro, a Gol mantém
previsões de crescimento otimistas. Segundo Constantino
de Oliveira Junior, presidente
da Gol, a companhia aérea espera crescer 6%, mantido o cenário econômico atual.
As perdas, para ele, não são
uma grande preocupação, uma
vez que o prejuízo contábil não
tem impacto no caixa. Ele foi
causado, principalmente, pela
alta da dólar sobre a dívida da
empresa com leasing de aviões.
Os motivos para a previsão
de crescimento estão nos ganhos obtidos com a fusão das
operações com a Varig, que começou a acontecer em 19 de outubro. Além disso, há a possibilidade de a alta do dólar aumentar as vendas da companhia.
"A variação cambial pode
mudar hábitos dos clientes",
afirma Constantino. "Quem
planejava viajar para o exterior
pode começar a viajar no mercado doméstico."
Depois da aquisição da Varig,
a Gol interrompeu as rotas internacionais e procurou se concentrar nos mercados brasileiro e latino-americano. Parte da
alta de custos do trimestre referiu-se a fechamento de operações internacionais da Varig.
Segundo Constantino, a Gol
tem estudado entrar em novas
rotas e oferecido mais vôos diretos em território nacional. "A
partir do lançamento da nova
malha, estamos vendo melhoras na taxa de ocupação de nossas aeronaves", diz Anna Cecília Bettencourt, diretora de relações com investidores da Gol.
A empresa espera economizar R$ 180 milhões com a unificação das operações. Segundo
Constantino, a fusão tem permitido à companhia oferecer
serviços mais atraentes, como
refeições de melhor qualidade e
o uso do programa de milhagem Smiles pelos clientes Gol.
A companhia espera ainda
que os preços das passagens
continuem maiores, mesmo
com a queda no combustível.
"A recuperação do yield [preço
pago por passageiro por quilômetro voado] deve voltar a patamares de 2005 e 2006", diz
ele, para quem a empresa continuará a oferecer bilhetes que
concorrem com ônibus.
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