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Anbid não crê em fuga da renda fixa
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda de um ponto percentual da taxa básica de juros ainda
não é suficiente para levar os investidores de fundos a migrar da
renda fixa no próximo ano, para
aplicações de maior risco como a
Bolsa ou fundos de ações. A opinião é do presidente da Anbid
(Associação Nacional dos Bancos
de Investimento), Alfredo Setúbal
Com o corte da Selic, o juro real,
calculado com base na inflação
projetada para os próximos 12
meses, deverá situar-se em 10%
ao ano. "Ainda é uma taxa generosa. Podemos encerrar 2004 com
um juro real de 8%, e a grande
massa dos investidores vai continuar na renda fixa", diz Setúbal.
Neste ano, os investidores que
haviam deixado os fundos de investimento em direção à caderneta de poupança e aos CDBs (Certificados de Depósitos Bancários)
em 2002 começaram a fazer o caminho de volta.
Naquele ano, a mudança na forma de contabilizar os papéis das
carteiras dos fundos, determinada pelo Banco Central em maio,
assustaram os investidores e provocaram a saída de R$ 63,8 bilhões dessas aplicações.
Por determinação do BC, o valor dos papéis que lastreiam os
fundos passaram a ser contabilizados pelo seu valor diário -a
chamada marcação a mercado.
Como os títulos públicos se desvalorizaram, os fundos DI, principalmente, tiveram perdas.
Neste ano, até novembro, R$ 53
bilhões haviam retornado aos
fundos, e Setúbal diz que até o final do ano a captação líquida deverá superar os R$ 60 bilhões. No
entanto, a retomada das aplicações em fundos neste ano deu-se
mais com o retorno de empresas e
investidores institucionais a este
mercado. "A participação da pessoas físicas ficou praticamente estável", diz Marcelo Giufrida, diretor da Anbid.
Os investidores dos fundos administrados pelos bancos de varejo respondem hoje por 33,7% das
aplicações totais. No ano passado
o varejo detinha 33% de participação e em 2001, antes da crise da
marcação a mercado, representava 26,6%.
(SANDRA BALBI)
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