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MERCADO FINANCEIRO
Apenas três das 54 ações do Ibovespa fecharam pregão em baixa; papéis de elétricas se recuperam
Bolsa tem alta de 2,12% em dia de Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
A certeza de que o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziria a taxa básica de juros fez a
Bovespa ter um dia bastante movimentado. A Bolsa encerrou o
pregão com alta de 2,12%.
O volume negociado pela Bolsa
foi o maior desde 5 de novembro
de 97. Os recursos movimentados
pelo exercício de opções sobre o
Ibovespa (maior volume desde o
início o Plano Real) ajudaram a
levar o giro total da Bolsa de ontem a R$ 3,87 bilhões.
Das 54 ações que compõem o
Ibovespa, apenas três encerraram
o pregão em baixa. O papel PN da
Tele Centro Oeste, o que mais
perdeu, recuou apenas 1,7%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) o pregão também
foi agitado. Os investidores se posicionaram desta vez para não serem surpreendidos como no mês
passado, quando o Copom reduziu a taxa básica em 1,5 ponto percentual.
Ontem o DI (que segue os juros
praticados entre os bancos) de
prazo mais curto caiu para
16,22%, valor que já embutia um
corte de até 1,5 ponto percentual
na Selic. Na sexta-feira, esse contrato fechou com taxa de 16,45%.
O Copom anunciou no fim da tarde redução de um ponto percentual na Selic, para 16,5%.
"Esperava que os juros fossem
reduzidos para 16%. A decisão do
BC mostra confiança no quadro
de inflação futura", afirma Hugo
Penteado, economista-chefe do
ABN Amro Asset Management.
Penteado diz acreditar que a taxa básica de juros deve estar entre
13% e 14% no final dos primeiros
quatro meses de 2004. "Mas isso
depende da evolução da inflação
no início do próximo ano."
Diferentemente dos outros segmentos do mercado, o câmbio teve um dia de calmaria. O anúncio
de uma captação de US$ 250 milhões do Banco do Brasil, com
prazo de dez anos, colaborou para
o dólar recuar 0,2%, para R$
2,931. O BB já captou neste ano
US$ 940 milhões.
Sobe-e-desce
Depois de liderarem as perdas
nos últimos dias, as ações de empresas de energia elétrica voltaram a ser destaque de alta. Esses
papéis ainda repercutem o novo
modelo para o setor, anunciado
na semana passada.
O papel PN da Eletropaulo fechou com valorização de 15,3%,
seguido pelas ações preferenciais
da Cesp, que subiram 10,7%.
(FABRICIO VIEIRA)
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