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São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Apenas três das 54 ações do Ibovespa fecharam pregão em baixa; papéis de elétricas se recuperam

Bolsa tem alta de 2,12% em dia de Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

A certeza de que o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziria a taxa básica de juros fez a Bovespa ter um dia bastante movimentado. A Bolsa encerrou o pregão com alta de 2,12%.
O volume negociado pela Bolsa foi o maior desde 5 de novembro de 97. Os recursos movimentados pelo exercício de opções sobre o Ibovespa (maior volume desde o início o Plano Real) ajudaram a levar o giro total da Bolsa de ontem a R$ 3,87 bilhões.
Das 54 ações que compõem o Ibovespa, apenas três encerraram o pregão em baixa. O papel PN da Tele Centro Oeste, o que mais perdeu, recuou apenas 1,7%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) o pregão também foi agitado. Os investidores se posicionaram desta vez para não serem surpreendidos como no mês passado, quando o Copom reduziu a taxa básica em 1,5 ponto percentual.
Ontem o DI (que segue os juros praticados entre os bancos) de prazo mais curto caiu para 16,22%, valor que já embutia um corte de até 1,5 ponto percentual na Selic. Na sexta-feira, esse contrato fechou com taxa de 16,45%. O Copom anunciou no fim da tarde redução de um ponto percentual na Selic, para 16,5%.
"Esperava que os juros fossem reduzidos para 16%. A decisão do BC mostra confiança no quadro de inflação futura", afirma Hugo Penteado, economista-chefe do ABN Amro Asset Management.
Penteado diz acreditar que a taxa básica de juros deve estar entre 13% e 14% no final dos primeiros quatro meses de 2004. "Mas isso depende da evolução da inflação no início do próximo ano."
Diferentemente dos outros segmentos do mercado, o câmbio teve um dia de calmaria. O anúncio de uma captação de US$ 250 milhões do Banco do Brasil, com prazo de dez anos, colaborou para o dólar recuar 0,2%, para R$ 2,931. O BB já captou neste ano US$ 940 milhões.

Sobe-e-desce
Depois de liderarem as perdas nos últimos dias, as ações de empresas de energia elétrica voltaram a ser destaque de alta. Esses papéis ainda repercutem o novo modelo para o setor, anunciado na semana passada.
O papel PN da Eletropaulo fechou com valorização de 15,3%, seguido pelas ações preferenciais da Cesp, que subiram 10,7%.
(FABRICIO VIEIRA)


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