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AVIAÇÃO
Aerolíneas volta ao controle do governo da Argentina
THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES
O Senado da Argentina
converteu ontem em lei, por
42 votos a favor e 21 contra, o
projeto que declara de "utilidade pública e sujeitas à expropriação" as companhias
aéreas Aerolíneas Argentinas e Austral.
As ações das empresas do
grupo espanhol Marsans,
que concentram cerca de
70% do mercado doméstico,
voltam agora às mãos do Estado argentino, 18 anos após
sua privatização no governo
Carlos Menem (1989-1999).
A decisão de expropriar as
principais empresas argentinas de transporte aéreo e
suas firmas satélites de correios e comunicações foi tomada pelo governo de Cristina Kirchner, após não conseguir acordo com o grupo
Marsans sobre o preço de
venda das companhias.
O processo de venda começou em abril, quando o
governo lançou ofensiva para que os espanhóis aceitassem empresários locais como sócios. A Aerolíneas enfrentava auge de crise motivada por uma dívida crescente e pelo alto preço dos combustíveis, com atrasos de
vôos e no pagamento de pessoal e de fornecedores.
O grupo espanhol anunciou que recorrerá ao Ciadi
(Centro Internacional para
Arbitragem de Disputas sobre Investimentos), do Banco Mundial, para reivindicar
o pagamento pelas empresas
e indenização por "tarifas
congeladas, subsídios descumpridos e greves de sindicatos ligados ao governo".
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