São Paulo, sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

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EUA adiam venda de participação no Citigroup

Preço baixo das ações leva governo a desistir de negociar sua cota de papéis

Além do Citi e de outros grandes bancos, governo americano fez injeções na seguradora AIG e nas montadoras GM e Chrysler

DA REDAÇÃO

O governo americano desistiu de vender uma parte das ações que possui no Citigroup devido à baixa procura dos investidores por papéis do banco.
O Citigroup fez nesta semana uma oferta de ações para tentar levantar os US$ 20 bilhões que deve ao governo americano, mas, com a baixa procura, teve que reduzir o preço dos papéis para atrair investidores.
Temendo prejuízo, o governo dos Estados Unidos, que também ia participar da oferta e é o principal acionista da instituição financeira, acabou desistindo na última hora, esperando agora por um momento mais propício para o negócio.
As ações do Citi foram negociadas a US$ 3,15 -um valor US$ 0,10 inferior ao que os Estados Unidos pagaram em setembro, quando a injeção de US$ 25 bilhões foi convertida em papéis preferenciais.
O governo começou a intervir diretamente nos bancos no fim de 2008, quando o sistema financeiro ameaçou entrar em colapso. Nesse cenário, o Citi recebeu duas injeções: uma de US$ 20 bilhões, que ainda deve, e a outra, de US$ 25 bilhões, que foi convertida em ações.
A intenção do governo norte-americano era negociar US$ 5 bilhões em ações nesta semana, mas agora o projeto foi adiado para o ano que vem. Segundo o Tesouro, o governo vai se desfazer "de maneira ordenada" da participação de 34% que possui na instituição financeira em um prazo de seis a 12 meses.
Além do Citigroup e de outros grandes bancos -como Bank of American e JPMorgan, que receberam dinheiro como parte do pacote de US$ 700 bilhões de ajuda ao setor (conhecido como Tarp)-, o governo norte-americano fez injeções em empresas como a seguradora AIG e as montadoras General Motors e Chrysler.
"Nós sairemos desses investimentos e devolveremos os fundos do Tarp ao Tesouro assim que for possível", disse ontem o secretário-assistente do Tesouro, Herb Allison.


Com agências internacionais


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