São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

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ONG vê risco de milho ter liberação "forçada"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O representante do ISAAA no Brasil, Anderson Galvão, disse que há registro de áreas plantadas com variedades de milho transgênico no Brasil, apesar de o plantio não ter sido autorizado no país. Por ter origem em contrabando, essas lavouras não foram consideradas no relatório mundial da organização não-governamental.
Estaria se repetindo com o milho a história do cultivo de variedades transgênicas de soja e algodão, que entraram no Brasil por meio de sementes clandestinas, trazidas da Argentina. No caso da soja e do algodão, as culturas ilegais acabaram forçando a liberação oficial, durante o primeiro mandato do presidente Lula.
O ritmo de crescimento das culturas clandestinas de milho seria menos acelerado, afirmou o representante da ONG, porque as sementes não podem ser guardadas de uma safra para outra. "Existem lavouras clandestinas, mas as áreas são pouco significativas por causa dessa limitação: o produtor tem de comprar sementes todo ano."
Em dezembro, liminar concedida pela Justiça Federal no Paraná barrou a primeira liberação comercial de variedade de milho transgênico no país.
Na ocasião, o presidente da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), Walter Colli, criticou a decisão da Justiça e previu que, sem autorização legal, as sementes geneticamente modificadas entrariam no país por meio de contrabando. (MS)


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