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ONG vê risco de milho ter liberação "forçada"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O representante do ISAAA
no Brasil, Anderson Galvão,
disse que há registro de áreas
plantadas com variedades de
milho transgênico no Brasil,
apesar de o plantio não ter sido
autorizado no país. Por ter origem em contrabando, essas lavouras não foram consideradas
no relatório mundial da organização não-governamental.
Estaria se repetindo com o
milho a história do cultivo de
variedades transgênicas de soja
e algodão, que entraram no
Brasil por meio de sementes
clandestinas, trazidas da Argentina. No caso da soja e do algodão, as culturas ilegais acabaram forçando a liberação oficial, durante o primeiro mandato do presidente Lula.
O ritmo de crescimento das
culturas clandestinas de milho
seria menos acelerado, afirmou
o representante da ONG, porque as sementes não podem ser
guardadas de uma safra para
outra. "Existem lavouras clandestinas, mas as áreas são pouco significativas por causa dessa limitação: o produtor tem de
comprar sementes todo ano."
Em dezembro, liminar concedida pela Justiça Federal no
Paraná barrou a primeira liberação comercial de variedade
de milho transgênico no país.
Na ocasião, o presidente da
CTNBio (Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança),
Walter Colli, criticou a decisão
da Justiça e previu que, sem autorização legal, as sementes geneticamente modificadas entrariam no país por meio de
contrabando.
(MS)
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