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Casas Bahia fecha 2006 sem elevar lucro
Resultado ficou na casa dos R$ 200 mi, mesmo patamar de 2005; previsão é de desempenho melhor neste ano
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
A maior rede de varejo eletrônico do país, a Casas Bahia,
fechou 2006 com desempenho
financeiro estacionado em relação a 2005: lucro líquido na
casa dos R$ 200 milhões e faturamento de R$ 11,5 bilhões. Para 2007, porém, a expectativa é
de melhora. Segundo o diretor-executivo da empresa, Michael
Klein, existe a previsão de que o
faturamento chegará a R$ 12,5
bilhões até o fim de dezembro.
"O varejo não cresceu, e a Casas Bahia seguiu pelo mesmo
caminho", disse ontem, em entrevista na sede da empresa, em
São Caetano do Sul (SP).
Ele aposta em uma recuperação da economia das regiões
Sul, Sudeste e Centro-Oeste,
onde estão concentradas as lojas da rede. "Ainda existe espaço para crescer aqui", afirmou,
referindo-se à possibilidade de
abrir filiais nas cidades com
mais de 50 mil habitantes e nos
bairros das grandes cidades.
A idéia é abrir 50 novas lojas
na periferia de São Paulo e em
Minas Gerais, equivalentes a
investimento de R$ 50 milhões
e geração de 2.000 empregos.
Até o fim de 2006, a Casas Bahia empregava 52.053 pessoas,
que garantiram o atendimento
a 26,3 milhões de clientes.
Quanto ao avanço da principal concorrente, Ponto Frio,
Klein considera que está longe
de incomodar. "A gente respeita, mas eles não assustam. Não
vamos mudar nossa maneira de
agir [...] Uma concorrência sadia, que pague imposto direitinho e brigue nas mesmas condições, não causa problema."
Isso significa, diz, que a rede
manterá sua política de crédito
centrada nos carnês de pagamento -que são 60% das vendas. A carteira total da rede soma hoje R$ 6,1 bilhões. Do total,
R$ 1 bilhão é do Bradesco, parceiro exclusivo da empresa. O
restante é capital próprio.
Inadimplência
E a inadimplência, apontada
pelos bancos como o maior empecilho à expansão do crédito?
"Brasileiro é bom pagador. Fizemos mais de 30 milhões de
vendas no ano passado, e 27 milhões foram pagas direitinho.
Os 3 milhões de diferença são
bastante coisa, mas os 27 milhões em dia são bem mais."
Os índices de inadimplência
registrados pela empresa em
2006 ficaram semelhantes aos
de 2005.
A rede, de acordo com o diretor-executivo, continuará destinando 3% de seu faturamento
à publicidade. Essa fatia confere à rede o posto de maior
anunciante do Brasil.
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