São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

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Casas Bahia fecha 2006 sem elevar lucro

Resultado ficou na casa dos R$ 200 mi, mesmo patamar de 2005; previsão é de desempenho melhor neste ano

JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

A maior rede de varejo eletrônico do país, a Casas Bahia, fechou 2006 com desempenho financeiro estacionado em relação a 2005: lucro líquido na casa dos R$ 200 milhões e faturamento de R$ 11,5 bilhões. Para 2007, porém, a expectativa é de melhora. Segundo o diretor-executivo da empresa, Michael Klein, existe a previsão de que o faturamento chegará a R$ 12,5 bilhões até o fim de dezembro.
"O varejo não cresceu, e a Casas Bahia seguiu pelo mesmo caminho", disse ontem, em entrevista na sede da empresa, em São Caetano do Sul (SP).
Ele aposta em uma recuperação da economia das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde estão concentradas as lojas da rede. "Ainda existe espaço para crescer aqui", afirmou, referindo-se à possibilidade de abrir filiais nas cidades com mais de 50 mil habitantes e nos bairros das grandes cidades.
A idéia é abrir 50 novas lojas na periferia de São Paulo e em Minas Gerais, equivalentes a investimento de R$ 50 milhões e geração de 2.000 empregos. Até o fim de 2006, a Casas Bahia empregava 52.053 pessoas, que garantiram o atendimento a 26,3 milhões de clientes.
Quanto ao avanço da principal concorrente, Ponto Frio, Klein considera que está longe de incomodar. "A gente respeita, mas eles não assustam. Não vamos mudar nossa maneira de agir [...] Uma concorrência sadia, que pague imposto direitinho e brigue nas mesmas condições, não causa problema."
Isso significa, diz, que a rede manterá sua política de crédito centrada nos carnês de pagamento -que são 60% das vendas. A carteira total da rede soma hoje R$ 6,1 bilhões. Do total, R$ 1 bilhão é do Bradesco, parceiro exclusivo da empresa. O restante é capital próprio.

Inadimplência
E a inadimplência, apontada pelos bancos como o maior empecilho à expansão do crédito? "Brasileiro é bom pagador. Fizemos mais de 30 milhões de vendas no ano passado, e 27 milhões foram pagas direitinho. Os 3 milhões de diferença são bastante coisa, mas os 27 milhões em dia são bem mais."
Os índices de inadimplência registrados pela empresa em 2006 ficaram semelhantes aos de 2005.
A rede, de acordo com o diretor-executivo, continuará destinando 3% de seu faturamento à publicidade. Essa fatia confere à rede o posto de maior anunciante do Brasil.


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