|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Consumidores emitem sinais contraditórios
DA BLOOMBERG
DA FOLHA ONLINE
Duas pesquisas divulgadas
ontem captaram percepções
distintas da população dos
EUA com relação à economia.
De um lado, o índice preliminar Reuters/Universidade de
Michigan sobre o otimismo dos
consumidores subiu para 80,5
pontos ante a marca de dezembro passado, de 75,5 pontos, a
mais baixa de 2005. Foi a primeira alta desde julho de 2007.
Do outro, pesquisa de opinião da revista americana "Fortune", mostrou que 19% dos entrevistados consideram que a
economia dos EUA está em recessão. Outros 57% afirmam
que isso vai ocorrer em algum
momento neste ano. Apenas
19% disseram que a economia
do país conseguirá se livrar.
Os dados do levantamento
Reuters/Universidade de Michigan levam à conclusão de
que os consumidores dos EUA
estão suportando bem o aumento dos preços dos combustíveis e a deterioração do mercado imobiliário residencial.
"As pessoas que estão empregadas continuam gastando",
disse Ryan Reed, economista
da National City Corp. de Cleveland. "Desde que as pessoas
tenham uma fonte de renda sólida, elas são capazes de lidar
com a alta dos preços."
Na pesquisa da "Fortune",
porém, cerca de metade dos entrevistados disseram também
que já passaram a cortar gastos,
o que foi visto como mau sinal
para a economia -o Federal
Reserve (Fed, o banco central
americano) baixou três vezes
os juros no ano passado e deve
manter a política de cortes neste ano justamente a fim de estimular o consumo.
Segundo economistas que
avaliaram o levantamento Reuters/Michigan, o otimismo reduz o receio de que os gastos
com o consumo, que respondem por mais de dois terços da
economia norte-americana,
entrarão em colapso, fazendo
com que a expansão econômica
dos EUA cesse.
Choque
Com relação à pesquisa da
"Fortune", os resultados "são
bastante chocantes", disse
Dean Baker, co-diretor do
CEPR (Centro de Pesquisa
Econômica e Política, na sigla
em inglês).
Segundo ele, se as opiniões
dos americanos são as refletidas na pesquisa, isso pode levar
a uma queda ainda mais acentuada na economia do que os
especialistas prevêem.
O relatório preliminar sobre
a confiança dos consumidores
do levantamento da Reuters/
Universidade de Michigan para
o mês reflete cerca de 300 respostas, comparativamente às
500 respostas reunidas na pesquisa final.
A pesquisa para a "Fortune"
ouviu mil pessoas de segunda a
quarta-feira desta semana. A
margem de erro é de três pontos percentuais.
O levantamento foi conduzido para a "Fortune" pela empresa de pesquisas SRBI Public
Affairs Center.
Texto Anterior: Empresa de seguro de crédito desiste de emissão de US$ 1 bi Próximo Texto: Saiba mais: Bush anunciou pacotes em 2001 e 2003 Índice
|