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Empresas informam mal os acionistas, diz pesquisa
RAQUEL ABRANTES
DA SUCURSAL DO RIO
Apenas 11 das cerca de 150
empresas brasileiras de capital
aberto prestam informações
organizadas aos acionistas para
que participem das assembléias, de acordo com pesquisa
feita pela Previ (caixa de previdência dos funcionários do
Banco do Brasil) no final do ano
passado, o que inibe ainda mais
a presença dos investidores nas
reuniões.
O levantamento incluiu todas as companhias listadas no
Novo Mercado da Bovespa
(Bolsa de Valores de São Paulo), que reúne práticas de boa
governança corporativa.
As empresas bem avaliadas
foram: Lojas Renner, Gerdau
S.A., Gerdau Metalúrgica, Itaú,
Banco do Brasil, Bradesco, Vale, Embraer, TIM, Cemig e
Energias do Brasil. Mas, em geral, os assuntos das assembléias
são abordados de forma genérica nos editais de convocação,
sendo aprofundados só na reunião, o que dificulta uma análise completa pelo acionista.
Por isso, a Previ sugere a aplicação no mercado brasileiro do
"proxy statement", documento
que reúne as informações que
devem ser fornecidas aos acionistas antes da votação nas assembléias das propostas dos
Conselhos de Administração
das empresas. O modelo é adotado no mercado americano.
"O acionista no Brasil precisa
arrancar informações do departamento de relações com
investidores da companhia,
quando ele existe", disse o diretor de participações da Previ,
Renato Chaves.
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