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RENDA
Pobreza cresce na Europa e já atinge 85 milhões de pessoas
LUCIANA COELHO
DE GENEBRA
A União Europeia anunciou ontem que 17% de sua
população -ou 85 milhões
de pessoas- encerrou 2008
sujeita à pobreza, um ponto
percentual a mais do que no
ano anterior ou 5 milhões de
novos pobres.
A situação é mais grave
ainda no que se convencionou chamar de Europa do
Leste, integrada à UE há menos tempo. Na Letônia, onde
está o maior índice, a pobreza atinge 26% da população;
na Romênia, chega a 23%.
Crianças são especialmente vulneráveis -um terço
dos pequenos romenos é pobre, e no bloco como um todo
o índice é de um quinto. O
mesmo se dá com os maiores
de 65 anos, entre os quais a
pobreza atinge 51% na Letônia, por exemplo.
Para a UE, é "pobre" a família com ganhos inferiores
a 60% da renda média no respectivo país, levado em conta
o custo de vida. Isso significa
13.600 ao ano se você for
norueguês, mas 1.900 se for
romeno.
O critério é mais amplo do
que o da ONU (para a qual
pobre é quem vive com menos de US$ 2 ao dia), mas
não deixa de revelar limitações. Em Portugal, por
exemplo, 35% da população
não tem como pagar aquecimento adequado.
Embora não haja dados
para 2009, a Cruz Vermelha
alerta que o número de pobres também cresceu. Frente ao quadro, a UE elegeu
2010 o "Ano do combate à
pobreza e à exclusão".
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