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Apesar de dados ruins nos EUA, Bolsa avança 0,8%
Mercado fecha antes de anúncio do Fed sobre juro
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O pregão de ontem foi menos
tranquilo que o do dia anterior.
Mas a Bolsa de Valores de São
Paulo conseguiu se firmar em
terreno positivo nas últimas
horas de operações, para terminar com alta de 0,82%. Aos
67.836 pontos, a BM&FBovespa está em seu mais elevado nível em quase um mês.
Os ganhos em fevereiro começam a ficar mais vistosos: o
Ibovespa, que reúne as 63 ações
mais negociadas, registra alta
mensal de 3,72%. No ano, a baixa acumulada está em 1,10%.
O dólar fechou um pouco
mais baixo. Após recuar 0,27%,
terminou cotado a R$ 1,823.
O mercado desceu ao vermelho ontem após os investidores
se decepcionarem com dados
econômicos apresentados nos
Estados Unidos. Os dois vilões
de ontem foram o aumento
inesperado nos pedidos de seguro-desemprego na semana
passada e a elevação nos preços
no atacado em janeiro. O PPI
(índice de preços no atacado)
teve alta de 1,4%.
Se a inflação começar a subir
de forma mais expressiva que o
esperado nos EUA, crescem as
chances de o Fed (o banco central do país) iniciar o esperado
ciclo de elevações de juros mais
cedo. E juros em alta não são
uma notícia animadora para o
mercado de ações.
Após o mercado fechar, o Fed
anunciou o aumento da taxa
que serve de referência para os
bancos se refinanciarem. A medida pode trazer agitação à
abertura dos mercados hoje.
O Ibovespa operou em baixa
durante boa parte das negociações de ontem, em consonância
com a baixa do mercado norte-americano. Na mínima do dia,
registrou recuo de 1,09%.
Quem ajudou na virada da
BM&FBovespa foram as gigantes Vale e Petrobras. Commodities metálicas e petróleo em
alta no mercado internacional
atraíram compradores para os
papéis dessas companhias.
A ação PNA da Vale, a mais
negociada no pregão, fechou
com apreciação de 2,05%.
Em um dia em que o petróleo
subiu 2,2% e superou os US$
79, os papéis da Petrobras acabaram por registrar ganhos de
1,28% (PN) e 0,80% (ON).
Nos EUA, houve ainda a divulgação do índice de indicadores antecedentes, que subiu
0,3% em janeiro e ajudou a abafar um pouco a má repercussão
dos outros dados apresentados.
O Dow Jones acabou por escapar do vermelho no final e terminou com elevação de 0,81%.
Na Europa, o balanço decepcionante do banco Société Générale, cujas ações recuaram
7,2%, não foi suficiente para
empurrar os mercados para
terreno negativo. A Bolsa de
Paris subiu 0,61%. Em Londres,
a alta ficou em 0,92%.
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