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Investidor se anima com BC dos EUA, e Bolsa sobe 1,6%
Bovespa retoma os 40 mil pontos; dólar cai a R$ 2,25
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa retomou ontem o
patamar dos 40 mil pontos, o
que não ocorria desde 16 de fevereiro. O pregão de ganhos foi
estimulado por ações tomadas
pelo banco central dos Estados
Unidos, que animaram os investidores. A Bovespa subiu
1,60%. O dólar recuou 1,49%,
para R$ 2,251.
Em Wall Street, o índice de
ações Dow Jones alcançou alta
de 2,4% na máxima do dia, para
encerrar com valorização de
1,23%. A Bolsa eletrônica Nasdaq subiu 1,99%.
O que mais animou os mercados foi a decisão do Fed (banco central dos EUA) de ampliar
suas medidas de estímulo ao
crédito, por meio do aumento
da compra de títulos públicos e
de papéis lastreados a hipotecas (leia à pág. B7). Outra novidade foi a criação, pelo Fed, de
uma linha de crédito direcionada principalmente ao financiamento de pequenas empresas.
Para a LCA Consultores, "o
grande esforço empreendido
pelo Fed e demais autoridades
norte-americanas para reverter o quadro depressivo deverá
ter o efeito de abrandar a recessão norte-americana nos próximos trimestres".
Já em sua reunião de política
monetária, o Fed manteve a taxa básica americana em uma
faixa que vai de 0 a 0,25%, como
era esperado.
No mercado de câmbio brasileiro, a animação externa tem
surtido efeito. O dólar está com
depreciação de 5,02% em março. No ano, a moeda norte-americana acumula queda de
3,56% diante do real.
"O câmbio está sem suporte,
com um viés de queda. O que
tem segurado ainda a moeda
são as posições no mercado no
futuro. Se não fosse isso, o dólar
poderia estar mais próximo de
R$ 2,10", afirma Sidnei Nehme,
diretor da corretora de câmbio
NGO. "Mas a tendência é ir se
ajustando para baixo."
O mês tem sido favorável às
Bolsas. A Bovespa registra valorização de 5,13% em março. Para o índice Dow Jones, a alta é
de 6%. Em Tóquio, o índice
Nikkei subiu 5,33% no período.
A expectativa de que grandes
instituições financeiras internacionais têm sido lucrativas
nestes primeiros meses de
2009, como sinalizaram, deram impulso novo às Bolsas.
Todavia, apesar da melhora
dos mercados neste mês, ainda
é precipitado comemorar, dizem analistas. A economia
mundial nem começou a se recuperar e, da mesma forma que
têm apresentado bons resultados, os mercados podem derreter a qualquer sinal negativo.
Ações
O desempenho mais modesto das ações de maior peso na
composição do índice Ibovespa
(que reúne os 66 papéis brasileiros mais negociados) não
permitiu que a Bolsa fechasse
com ganhos mais expressivos.
As ações preferenciais da Petrobras subiram 1,14%, mesmo
com o recuo do barril de petróleo no mercado internacional.
Os papéis da Vale -a segunda
maior companhia de capital
aberto- terminaram no vermelho, com baixas de 0,98%
(ON) e 0,33% (PNA).
No topo da lista da maiores
perdas do Ibovespa ontem,
apareceram as ações preferenciais da Sadia, que recuaram
3,35%, e as ordinárias da Perdigão, que tiveram baixa de
3,21%. As ações das duas empresas subiram nos últimos
dias impulsionadas por informações de que estariam negociando uma parceria.
Já entre as maiores altas de
ontem ficaram as ações da
VCP, que subiram 7,75%, e as
da Aracruz, com 6,66% de valorização. A Aracruz anunciou
ontem o adiamento de investimentos previstos para este ano.
A decisão foi bem recebida pelos investidores.
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