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Para Lula, royalty é problema do Congresso
Mas, se o projeto aprovado for "muito diferente" do apresentado pelo governo, se "debruçará" sobre o texto
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A AMÃ (JORDÂNIA)
"Em ano de eleição, todo
mundo quer fazer gracinha",
reagiu o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva à polêmica no
Brasil em torno dos royalties
do pré-sal, que levaram até a
manifestações lideradas pelo
governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), da base aliada do
governo Lula. O presidente não
quis dizer se Cabral estava incluído no "todo mundo".
Lula contou também que sua
primeira reação ao discutir o
projeto do pré-sal era "não votar o tema dos royalties em ano
eleitoral", exatamente por antever as "gracinhas". Chegou a
dizer aos aliados que o certo seria "aprovar o restante e deixar
royalties para o ano que vem",
até porque é uma questão que
só começará a valer mesmo a
partir de 2016.
O presidente não antecipou
que atitude tomará se o que sair
do Congresso for muito diferente da proposta do Executivo. "O Congresso Nacional que
resolva o problema. Eu já cumpri a minha parte, já apresentei
o projeto, como resultado de
um acordo."
Mas, como é óbvio, "se o Congresso aprovar algo muito diferente do que o governo apresentou", o presidente "vai se
debruçar em cima do que o
Congresso aprovar".
Cabral
Para o governador do Rio de
Janeiro, Sérgio Cabral, é "covardia" dizer que houve falta de
empenho de Lula para mobilizar a base aliada contra a chamada emenda Ibsen, texto que
modifica a distribuição de royalties do pré-sal, desfavorecendo Estados e municípios
produtores.
"O presidente Lula se empenhou desde o início para chegarmos a um acordo sobre o
pré-sal a ser licitado. (...) Essa
emenda Ibsen foi rejeitada na
comissão especial. Ela não fez
parte do relatório do deputado
Henrique Eduardo Alves e foi
rejeitada. Estava tudo certo para cumprir o acordo no plenário", afirma o governador.
Para Cabral, o "presidente
Lula não pode responder pelo
erro de um grupo de parlamentares" que "muda completamente um acordo feito e votado
na comissão especial".
No Rio, o governador de Minas, Aécio Neves, também criticou a emenda. "Acho que o Senado começa a compreender
que não podemos punir o Rio e
o Espírito Santo. Defenderei
essa posição, e a bancada mineira no Senado também."
Colaborou a Sucursal do Rio
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