São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

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TECNOLOGIA

Presidente reúne ministros que foram ao Japão negociar contrapartidas

Costa diz que decisão da TV digital está nas mãos de Lula

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou ontem para uma reunião os ministros brasileiros que foram ao Japão tratar das contrapartidas à escolha pelo Brasil do padrão japonês de TV digital (ISDB).
"A reunião foi solicitada pelo próprio presidente com os três ministros que foram ao Japão tratar de TV digital. A decisão é do presidente da República. Ele agora está com todos os dados", disse o ministro Hélio Costa (Comunicações), antes da reunião, que deveria acontecer às 20h30. "Nós vencemos uma etapa. A partir daí, a decisão compete ao presidente da República", afirmou.
No Japão, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) assinou um memorando no qual o governo brasileiro manifestava "forte desejo" de adotar o padrão japonês de TV digital. "Nós só fomos aos Japão porque tínhamos um procedimento em andamento nos últimos quatro meses, de conversações que foram sendo encaminhadas para uma posição muito consolidada", disse Costa. Além do ministro das Comunicações e de Amorim, esteve no Japão o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento).
Em março, a Folha publicou que o governo já se definiu pelo padrão japonês. Falta o anúncio.
Apesar de o texto do memorando não trazer um compromisso explícito de implantação de uma fábrica de semicondutores japonesa no Brasil, Costa considerou a viagem bem-sucedida. "O que queríamos obtivemos, que foi o comprometimento do governo japonês com as iniciativas das empresas japonesas. Evidentemente quem vai tomar essa decisão são os empresários", disse. "Nós conversamos também com as empresas e com os empresários e notamos da parte deles uma disposição muito grande de participar conosco nessa nova fase da tecnologia no Brasil."
Na segunda, Celso Amorim disse que, em 15 dias, um grupo de especialistas da Toshiba virá ao Brasil para iniciar estudos de viabilidade de investimentos em fábricas de semicondutores.


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