São Paulo, sábado, 19 de abril de 2008

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Homenageado em GO, Meirelles evita comentar aumento do juro

Em viagem ao interior do Estado, presidente do BC dedicou-se à carreira política

DO ENVIADO ESPECIAL A CATALÃO (GO)

Dois dias depois da primeira alta de juros em três anos, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deixou ontem a economia de lado para se dedicar à sua carreira política. Em viagem ao interior de Goiás, Estado onde se elegeu deputado federal em 2002 pelo PSDB, Meirelles se encontrou com lideranças regionais, posou para fotos e colecionou apertos de mão.
Meirelles esteve em Catalão, a 250 quilômetros de Goiânia, para receber uma homenagem da Assembléia Legislativa de Goiás. Na cidade, que tem o terceiro maior PIB (Produto Interno Bruto) do Estado, o primeiro compromisso foi com empresários, na sede da associação comercial local.
Lá, foi recebido pelo presidente da entidade, Geraldo Rocha. Numa conversa fechada de aproximadamente 20 minutos, Meirelles ouviu alguns pedidos. Um deles foi o de apoio à criação de uma universidade federal em Catalão, transformando em unidade autônoma o campus da Universidade Federal de Goiás. "Ele apadrinhou a idéia", diz Rocha.

Acima da média
Depois do encontro, Meirelles participou da cerimônia organizada pela Assembléia Legislativa. Recusou-se a falar com a imprensa, evitando perguntas sobre a alta da taxa Selic, que subiu para 11,75% ao ano, e foi recebido por lideranças políticas a quem chamou de "velhos amigos", a maioria delas de oposição ao governo Lula. Entre elas, a senadora tucana Lúcia Vânia e o ex-ministro do governo FHC Ovídeo de Angelis, atual secretário de Comércio Exterior de Goiás.
"Catalão é um exemplo de modelo econômico bem-sucedido. O Estado de Goiás está numa posição importante em setores que despontam com grande força na economia brasileira", discursou Meirelles, para depois citar indicadores que mostram que as vendas do comércio crescem, em Goiás, acima da média nacional.


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