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Banda larga terá pacote regulatório e desonerações
Novo plano estatal deverá custar R$ 15 na oferta básica
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Programa Nacional de
Banda Larga terá um "plano incentivado" de acesso à internet
rápida com preço ao consumidor na casa de R$ 15, destinado
às classes C, D e E. Esse serviço
teria velocidade de 512 kbps
(kilobits por segundo), mas capacidade restrita de transmissão de dados (download limitado a 150 megabytes).
O plano básico teria a mesma
velocidade, capacidade de
transmissão de dados maior e
preço máximo de R$ 35. Hoje,
diz o governo, o custo médio da
banda larga está em R$ 60. Os
planos mais baratos, em R$ 30.
Para viabilizar o plano incentivado, ele seria oferecido por
meio de acesso sem fio, no mesmo sistema hoje usado pelas
operadoras de celular para vender pacotes de internet rápida
na chamada "terceira geração"
(3G). Para tornar possível o
preço mais baixo, o governo irá
isentar de PIS e Cofins os modems, equipamentos necessários para que o consumidor tenha a internet em casa.
Além disso, o governo vai
permitir que os cerca de 1.700
pequenos e médios provedores
de internet no país parem de
pagar o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), o que vai representar uma desoneração
anual na casa de R$ 2 milhões
-cerca de 1% de toda a arrecadação feita para o fundo.
O governo espera reduzir o
valor que é cobrado dos provedores para distribuir o acesso
de banda larga. Hoje, num pacote de 2 megabytes, os pequenos provedores pagam custo de
R$ 1.400 por mês na média para acessar a rede, enquanto o
governo quer que esse preço seja de no máximo R$ 460 para
garantir acesso à banda larga
pelas classes mais baixas.
Além de desonerações tributárias, haverá um "pacote regulatório", que imporá, por decreto, obrigações à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para que adote medidas
que, prevê o governo, ajudarão
a fomentar a competição.
Uma das medidas será o
"compartilhamento de rede em
regime impositivo". Dessa forma, as atuais concessionárias
de telefonia fixa terão que ofertar, a preços justos, sua rede a
quem queira prestar serviços
como provimento de acesso à
internet de alta velocidade.
Serão instituídos parâmetros
de qualidade para que os fornecedores de acesso à rede entreguem ao consumidor internet
na velocidade que afirmam estar ofertando. Hoje, muitos
consumidores acham que têm
pacotes de 1 mega ou mais e, no
entanto, na maior parte do
tempo, não conseguem chegar
nem perto dessa velocidade.
O governo ainda pretende reservar parte do espectro de radiofrequências para a utilização por pequenas e microprestadoras em cidades ou localidades onde haja pouca competição. Novos ofertantes usariam
tecnologia sem fio.
(HM e VC)
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