São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Relatório menciona núcleo ligado à CUT

DA REPORTAGEM LOCAL

No relatório de irregularidades elaborado pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) consta que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, cobra 5% do valor da conciliação. A comissão funciona dentro da DaimlerChrysler (antiga Mercedes-Benz). "A lei é omissa em relação à cobrança. Mas não cobramos taxas do trabalhador nem R$ 150 da empresa", diz o presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT, Adi dos Santos Lima. "Também não fornecemos título de quitação geral de direitos."
Segundo o sindicalista, um acordo em breve será assinado com sindicatos patronais para formação de mais quatro comissões, nos mesmos moldes dos metalúrgicos, no Estado.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT) também montou há cerca de um mês uma comissão em parceria com o banco Itaú. "Não cobramos taxa nem fornecemos termo de quitação de direitos. Dessa forma, o bancário pode ir à Justiça. Também tem prazo de 180 dias para reclamar eventuais diferenças se quiser retificar a conciliação", afirma João Vaccari, presidente do sindicato.
João Felício, presidente da CUT, reconhece que muitas comissões operam de forma irregular. Para ele, a maneira de acabar com isso é proibir que elas cobrem taxas para oficializar os acordos.
"Do jeito que as CCPs estão funcionando, alguém está ganhando muito dinheiro em cima delas. É preciso proibir a cobrança de taxas. Caso contrário, vai proliferar a corrupção. Formadas com objetivo nobre, as CCPs estão sendo desvirtuadas por alguns sindicatos." (FF e CR)


Texto Anterior: Comissão faz rescisões e "desconta" direitos
Próximo Texto: Para ministro Jobim, fraudes são exceções
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.