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Santos Brasil lidera disputa por terminal de veículos em Santos
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Union Armazenagem e
Operações Portuárias, subsidiária da Santos Brasil Participações S.A., maior operador de
terminais de contêineres da
América do Sul, ofereceu ontem R$ 114,3 milhões além do
preço mínimo de R$ 105,6 milhões previsto no edital para a
disputa da concessão do TEV
(Terminal de Exportação de
Veículos) do porto de Santos.
Entre os sócios da Santos Brasil
está o Grupo Opportunity, do
banqueiro Daniel Dantas.
A segunda proposta foi apresentada pela Cargolog Operadora de Transporte Multimodais, empresa parte do Grupo
Libra. A Cargolog ofereceu R$
20 milhões, além do preço mínimo, pela concessão do terminal. A comissão de licitação
montada pela Codesp (Companhia Docas do Estado de São
Paulo) vai analisar agora a proposta técnica das duas concorrentes, mas a empresa ligada à
Santos Brasil já saiu na frente
na disputa. A empresa distribuiu informação ontem ao
mercado sobre a oferta.
A Santos Brasil, aliás, é a
atual operadora do terminal de
exportação de veículos. A concessão em curso finalmente regulariza uma situação precária
existente atualmente, que já
subsidiou inclusive ação civil
pública na qual o Ministério
Público Federal questionava o
modelo de contratação vigente
para o terminal de exportação
de veículos. A Santos Brasil detinha um termo de permissão
de uso para operar o terminal.
Além da oferta financeira pela concessão, o edital prevê ainda que o vencedor terá de pagar
mais R$ 105,6 milhões à Codesp pelo controle da estrutura
já existente no terminal. A Santos Brasil poderá receber um
desconto devido ao direito,
também previsto no edital de
licitação, de ressarcimento de
investimentos feitos para montagem do TEV. Neste caso, a
empresa poderá abater R$ 41
milhões do valor total ofertado
pelo negócio. A empresa receberá esse valor inclusive se a
concorrente vencer a concorrência.
As empresas terão prazos de
10 dias para apresentar recursos e contra-recursos à comissão de licitação. A expectativa
da Codesp é que o processo seja
concluído em cerca de 20 dias,
quando poderá assinar o contrato. A Cargolog já pediu vistas
do processo. A partir da assinatura do contrato para um prazo
de 25 anos (com possibilidade
de renovação por mais 25), a
operadora do terminal terá metas de exportação de veículos a
cumprir.
Fora o primeiro ano, período
para o qual não foi definido volumes mínimos, o edital impõe
a exportação de pelo menos
182,9 mil veículos no segundo
ano, elevando para 214,1 mil no
terceiro, 250,6 mil no quarto,
293,4 mil no quinto e superando a marca dos 300 mil a partir
do sexto ano de operação.
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