São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2010

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Ministro quer reduzir taxas do setor de cartões

Luiz Carlos Barreto (Justiça) afirma que, até o final de junho, governo concluirá proposta para diminuir cobrança

DA BLOOMBERG

O ministro da Justiça, Luiz Carlos Barreto, disse que o governo vai pedir às empresas de cartões de crédito e débito que reduzam o valor de suas taxas.
De acordo com o ministro, até o final de junho o governo vai apresentar uma proposta que considere a diminuição das taxas cobradas sobre as transações de crédito e débito, assim como maior transparência nas faturas. Barreto disse que "os custos são normalmente transferidos aos consumidores".
A intenção do governo, diz Barreto, é que as mudanças sejam promovidas de maneira amigável. Elas também serão negociadas previamente com as empresas do setor.
As lojas que oferecem as máquinas para pagamento com cartão arcam com uma taxa média de 3% sobre o valor de cada transação feita pelo cartão de crédito e outra de 2,5% nas transações com o de débito.
O governo prepara revisão da regulamentação do uso de cartões depois que um relatório do Banco Central considerou que falhas do mercado permitiram que tanto a Redecard quanto a Cielo registrassem lucros mais elevados do que o considerado "justo" pelo BC.
As empresas dizem que a lucratividade veio do aquecimento das vendas.
A Cielo, antiga VisaNet, é a maior empresa de processamento de cartões de pagamento por valor de mercado. Seu lucro subiu 32% no primeiro trimestre. A Redecard, segunda no ranking, teve crescimento de 11% nos ganhos.
Com as declarações do ministro, as ações das duas companhias caíram mais de 10% ontem. A da Cielo recuou 13,88%, e a da Redecard, 10,75%. A Bolsa caiu 3,22%.


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