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Ministro quer reduzir taxas do setor de cartões
Luiz Carlos Barreto (Justiça) afirma que, até o final de junho, governo concluirá proposta para diminuir cobrança
DA BLOOMBERG
O ministro da Justiça, Luiz
Carlos Barreto, disse que o governo vai pedir às empresas de
cartões de crédito e débito que
reduzam o valor de suas taxas.
De acordo com o ministro,
até o final de junho o governo
vai apresentar uma proposta
que considere a diminuição das
taxas cobradas sobre as transações de crédito e débito, assim
como maior transparência nas
faturas. Barreto disse que "os
custos são normalmente transferidos aos consumidores".
A intenção do governo, diz
Barreto, é que as mudanças sejam promovidas de maneira
amigável. Elas também serão
negociadas previamente com
as empresas do setor.
As lojas que oferecem as máquinas para pagamento com
cartão arcam com uma taxa
média de 3% sobre o valor de
cada transação feita pelo cartão
de crédito e outra de 2,5% nas
transações com o de débito.
O governo prepara revisão da
regulamentação do uso de cartões depois que um relatório do
Banco Central considerou que
falhas do mercado permitiram
que tanto a Redecard quanto a
Cielo registrassem lucros mais
elevados do que o considerado
"justo" pelo BC.
As empresas dizem que a lucratividade veio do aquecimento das vendas.
A Cielo, antiga VisaNet, é a
maior empresa de processamento de cartões de pagamento por valor de mercado. Seu lucro subiu 32% no primeiro trimestre. A Redecard, segunda
no ranking, teve crescimento
de 11% nos ganhos.
Com as declarações do ministro, as ações das duas companhias caíram mais de 10%
ontem. A da Cielo recuou
13,88%, e a da Redecard,
10,75%. A Bolsa caiu 3,22%.
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