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Promotor
pede prisão de
dono do Paes
Mendonça
da Sucursal do Rio
O promotor de Justiça Davy Lincoln Rocha, do Ministério Público
do Estado do Rio de Janeiro, pediu
ontem a prisão preventiva do diretor-presidente do Grupo Paes
Mendonça, Vander Luiz de Vasconcelos, por sonegação fiscal
-crime do colarinho branco.
A denúncia seria encaminhada
ontem mesmo ao juiz de uma Vara
Criminal da Comarca do Rio, segundo o promotor.
Da denúncia consta também o
pedido de sequestro dos bens dos
11 diretores que ocuparam cargos
no Conselho de Administração do
Paes Mendonça -uma das maiores redes de supermercados do
país- entre 1988 e 1998.
Com base nas investigações que
vinha conduzindo, em parceria
com a Secretaria Estadual da Fazenda, havia quatro anos, Rocha
constatou que a sonegação de
ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços) teria
deixado um rombo de R$ 77 milhões nos cofres estaduais.
O promotor requisitou ainda o
sequestro de 25% da receita de
dois supermercados do grupo, localizados na rua Maxwell, em Vila
Isabel, e na rua Conde de Bonfim,
ambas na zona norte do Rio.
Um dos expedientes usados na
sonegação, segundo Rocha, era
cobrar do Estado o imposto que
não deveria ter sido recolhido porque os produtos estariam em estoque -mas teriam sido vendidos.
Rocha disse não saber se o crime
vem sendo praticado em outros
Estados onde o Paes Mendonça
atua. Disse estar investigando outros casos de sonegação no Rio,
não necessariamente no mesmo
setor.
A Folha procurou por telefone o
diretor-presidente do Paes Mendonça nas sedes do Rio e de São
Paulo, mas não o encontrou.
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