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Armínio volta
a sinalizar
queda nos juros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Banco Central,
Armínio Fraga, disse que "a tendência de queda da inflação é
real", num sinal de que os juros
podem ser reduzidos em breve.
Hoje, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) se reúne para decidir se altera a taxa Selic,
atualmente em 18,5% ao ano.
O comportamento da inflação é
o principal fator considerado pelo
Copom na hora de fixar os juros
básicos da economia. Anteontem,
Fraga chegou a afirmar que nem
mesmo a turbulência do mercado
financeiro impediria um corte na
taxa Selic, desde que confirmada a
tendência de queda da inflação.
Em entrevista ao "Financial Times", Fraga chegou a dizer que as
metas de inflação podem ser administradas de maneira mais flexível, o que foi entendido pelo
mercado como um sinal de que a
taxa Selic pode ser reduzida.
Ontem, Fraga afirmou, porém,
que um dos objetivos da atual
equipe econômica só deverá ser
alcançado no próximo governo:
reduzir os juros reais (descontada
a inflação) para menos de 10% ao
ano. Atualmente, a taxa está em
torno de 12%.
Mesmo com as declarações de
Fraga, o mercado ainda crê na
manutenção da taxa Selic na reunião de hoje do Copom. Um dos
motivos para o conservadorismo
do BC seria o efeito que o nervosismo do mercado pode ter sobre
a inflação.
Fundos
Fraga esteve ontem na Câmara
para explicar as mudanças nas regras dos fundos de investimento.
Em maio, o BC e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determinaram que os fundos passassem a contabilizar seus ativos
com base no valor de mercado, e
não no valor de aquisição, como
era feito por muitos gestores.
Devido à queda ocorrida nas últimas semanas no valor de mercado dos títulos públicos -que
compõem a maior parte da carteira dos fundos-, a nova regra gerou perdas para muitos investidores que aplicam em fundos DI e de
renda fixa, tidos como os mais seguros do mercado.
Ontem, Fraga voltou a defender
a medida, dizendo que ela era necessária para defender os pequenos investidores.
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