DA FOLHA ONLINE

Os EUA tiveram no primeiro trimestre deste ano um déficit recorde de US$ 144,9 bilhões em conta corrente, o principal indicador de transações do país com o exterior, que mede, além do desempenho nos setores de bens e serviços, os fluxos de investimento e as transferências unilaterais.
O crescimento do déficit externo indica um aumento na dependência de capital vindo do exterior e reforça a necessidade de elevação dos juros nos EUA, que estão hoje em 1% ao ano.
O resultado mostra ainda um crescimento de 14,1% no déficit em relação aos US$ 127 bilhões apurados no último trimestre do ano passado. O número superou a expectativa dos economistas, que era de um rombo de US$ 139,6 bilhões no período.
O desempenho comercial norte-americano tem sido um dos principais itens na campanha para a eleição presidencial dos EUA. Em 2003, o déficit americano em conta corrente atingiu o recorde de US$ 530,7 bilhões, o que levou o país a recorrer a empréstimos estrangeiros para fechar as contas do balanço de pagamentos.
Economistas afirmam que, se os investidores estrangeiros começarem a vender papéis de empresas americanas, os preços das ações podem despencar, o que poderia provocar uma disparada das taxas de juros. Apenas o déficit da balança comercial cresceu de US$ 139,4 bilhões, no último trimestre de 2003, para US$ 150,8 bilhões, no primeiro trimestre deste ano. O resultado no comércio de bens respondeu por mais da metade do déficit em transações correntes, segundo o Departamento de Comércio dos EUA.


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