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Trabalhador quer piso nacional, e usineiro, mais políticas públicas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Finalizado o primeiro compromisso da cana-de-açúcar,
chamado de histórico pelo presidente Lula, trabalhadores cobram agora novas iniciativas
dos usineiros, enquanto estes
pedem mais políticas públicas
ao governo federal.
Do lado dos trabalhadores, a
principal demanda aos empresários é pelo fornecimento da
comida. Fernando Carneiro,
professor de epidemiologia e
saúde ambiental da UnB (Universidade de Brasília), diz que a
situação dos cortadores é de insegurança alimentar.
"Não falo nem da qualidade,
mas da falta de comida mesmo.
É uma situação de insegurança
alimentar grave. Mal alimentado, o organismo entra em colapso", diz Carneiro, que, em
pesquisa, identificou que a situação de insegurança alimentar dos boias-frias é quatro vezes superior à de um assentado.
Além da alimentação, os trabalhadores querem a adoção de
um piso salarial nacional, para
que o pagamento não seja baseado apenas na produção, fator que os incentiva a trabalhar
no limite da exaustão.
Cobrados pela alimentação,
os empresários pedem a criação de um seguro-desemprego
no período da entressafra.
"As coisas são degrau por degrau. É preciso haver mais políticas públicas e um seguro-desemprego ao trabalhador temporário", diz Renato Cunha, do
Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de
Pernambuco e, na mesa de diálogo, representante do Fórum
Nacional Sucroenergético.
(ES)
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