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Bolsa sofre 4ª queda; na semana, recuo é de 5%
Baixa ontem foi de 0,28%;
estrangeiros vendem ações
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram quatro pregões seguidos de queda. E a Bolsa de Valores de São Paulo já acumula
desvalorização de 4,96% nesta
semana. Ontem, a baixa ficou
em 0,28%. O esfriamento no
apetite dos investidores estrangeiros pelas ações brasileiras
ajuda a explicar a perda de fôlego da Bolsa, que registra recuo
de 4,31% no mês.
Nas duas primeiras semanas
deste mês, os estrangeiros mais
venderam que compraram
ações no pregão local. O saldo
das operações feitas com capital externo no período ficou negativo em R$ 466,5 milhões.
Ao menos o balanço do ano
demonstra saldo positivo, de
R$ 10,7 bilhões. Essa entrada
de capital externo no ano colaborou para a Bolsa acumular
valorização, ainda expressiva,
de 35,56%, em 2009. Como os
estrangeiros respondem por
cerca de 35% das operações do
mercado de ações doméstico,
suas decisões são relevantes
para o desempenho da Bolsa.
O dólar, em dia de reduzida
oscilação, encerrou as operações com alta de 0,46%, cotado
a R$ 1,973.
Em Wall Street, os principais
índices acionários conseguiram escapar do vermelho ontem. O Dow Jones, que segue
30 das ações mais negociadas,
fechou com alta de 0,69%.
Alguns indicadores positivos
favoreceram o clima menos
pessimista nos EUA. À alta do
índice de indicadores antecedentes -que sinaliza o futuro
da economia- em maio somou-se o resultado favorável
de um indicador regional de
atividade industrial. Apesar de
tênues, esses sinais de melhora
no desempenho da maior economia do planeta deram algum
ânimo aos investidores.
No Brasil, a divulgação da ata
da última reunião do Copom
(comitê do Banco Central que
define os juros) foi o evento
mais aguardado do dia.
O documento trouxe explicações sobre os motivos que levaram os integrantes do Copom a
cortar a taxa básica de juros de
10,25% para 9,25% anuais na
semana passada.
"A ata do Copom revelou, de
maneira geral, que o Banco
Central continua confortável
com a evolução da inflação doméstica, num ambiente de acomodação da atividade e elevada
ociosidade dos fatores de produção. Assim, optamos por
manter nossas projeções, que
levam em conta um corte adicional da Selic de 0,25 ponto na
reunião de julho", afirmou a
LCA Consultores.
No mercado futuro de juros
da BM&FBovespa, as taxas
projetadas pouco oscilaram
após o conhecimento da ata. No
contrato que vence no próximo
mês, os juros projetados recuaram de 9,05% para 9,03%. Esse
movimento indica que a maioria dos investidores avalia neste momento que a taxa básica
Selic irá ser reduzida para 9%
no próximo mês.
(FABRICIO VIEIRA)
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