São Paulo, sexta-feira, 19 de junho de 2009

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Bolsa sofre 4ª queda; na semana, recuo é de 5%

Baixa ontem foi de 0,28%; estrangeiros vendem ações

DA REPORTAGEM LOCAL

Foram quatro pregões seguidos de queda. E a Bolsa de Valores de São Paulo já acumula desvalorização de 4,96% nesta semana. Ontem, a baixa ficou em 0,28%. O esfriamento no apetite dos investidores estrangeiros pelas ações brasileiras ajuda a explicar a perda de fôlego da Bolsa, que registra recuo de 4,31% no mês.
Nas duas primeiras semanas deste mês, os estrangeiros mais venderam que compraram ações no pregão local. O saldo das operações feitas com capital externo no período ficou negativo em R$ 466,5 milhões.
Ao menos o balanço do ano demonstra saldo positivo, de R$ 10,7 bilhões. Essa entrada de capital externo no ano colaborou para a Bolsa acumular valorização, ainda expressiva, de 35,56%, em 2009. Como os estrangeiros respondem por cerca de 35% das operações do mercado de ações doméstico, suas decisões são relevantes para o desempenho da Bolsa.
O dólar, em dia de reduzida oscilação, encerrou as operações com alta de 0,46%, cotado a R$ 1,973.
Em Wall Street, os principais índices acionários conseguiram escapar do vermelho ontem. O Dow Jones, que segue 30 das ações mais negociadas, fechou com alta de 0,69%.
Alguns indicadores positivos favoreceram o clima menos pessimista nos EUA. À alta do índice de indicadores antecedentes -que sinaliza o futuro da economia- em maio somou-se o resultado favorável de um indicador regional de atividade industrial. Apesar de tênues, esses sinais de melhora no desempenho da maior economia do planeta deram algum ânimo aos investidores.
No Brasil, a divulgação da ata da última reunião do Copom (comitê do Banco Central que define os juros) foi o evento mais aguardado do dia.
O documento trouxe explicações sobre os motivos que levaram os integrantes do Copom a cortar a taxa básica de juros de 10,25% para 9,25% anuais na semana passada.
"A ata do Copom revelou, de maneira geral, que o Banco Central continua confortável com a evolução da inflação doméstica, num ambiente de acomodação da atividade e elevada ociosidade dos fatores de produção. Assim, optamos por manter nossas projeções, que levam em conta um corte adicional da Selic de 0,25 ponto na reunião de julho", afirmou a LCA Consultores.
No mercado futuro de juros da BM&FBovespa, as taxas projetadas pouco oscilaram após o conhecimento da ata. No contrato que vence no próximo mês, os juros projetados recuaram de 9,05% para 9,03%. Esse movimento indica que a maioria dos investidores avalia neste momento que a taxa básica Selic irá ser reduzida para 9% no próximo mês.
(FABRICIO VIEIRA)


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