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INDÚSTRIA
Encomendas de máquinas caem 35% no mês de maio
DA REPORTAGEM LOCAL
O número de encomendas à indústria de máquinas brasileira
caiu 35,42% em maio na comparação com o mesmo mês de 2001,
divulgou ontem a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos).
Além disso, as exportações do setor recuaram 8,2% de janeiro a
maio deste ano.
Segundo o presidente da Abimaq, Luiz Carlos Delben Leite, as
encomendas ao setor estão em
queda desde o início do ano. As
empresas que em maio do ano
passado tinham, em média, pedidos para 25,2 semanas de produção, registraram pedidos para
apenas 16,3 semanas de produção
no mesmo mês deste ano.
Delben Leite ressaltou que, apesar desses números negativos, o
faturamento do setor cresceu
7,57% em maio em relação ao
mesmo mês de 2001. No acumulado do ano, a alta já chega a
15,66%. Mas, segundo ele, a redução nos pedidos poderá afetar o
resultado do setor no ano.
A desaceleração econômica
mundial e a queda de quase 100%
nas vendas de máquinas agrícolas
para a Argentina também devem
influenciar negativamente os ganhos do setor. "Na prática, não
vendemos nada para a Argentina
neste ano", disse, no início de
maio, Martin Mundstock, diretor
comercial da John Deere. Essa
empresa responde por cerca de
60% das exportações de máquinas agrícolas brasileiras.
O resultado só não foi pior porque a importação desses produtos
caiu em ritmo mais acelerado, de 14,7%, no período. Com isso, o
déficit comercial acumulado pelo setor recuou 21,1% de 2001 para
cá, passando para US$ 1,24 bilhão.
Apesar da queda de 0,85% na média de utilização da capacidade instalada do setor, que ficou em 77,89% em maio, houve alta em alguns segmentos da indústria.
Foi o caso das próprias fabricantes de máquinas agrícolas, que
cresceram 7,81% em maio contra o mesmo mês de 2001. (JSO)
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