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Bolsa oscila e avança 0,76%; dólar cai 0,50%
Investidor aguarda hoje inflação nos EUA e Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado brasileiro acompanhou de perto o comportamento das Bolsas de Valores
nos Estados Unidos ontem, as
quais, por sua vez, oscilaram
bastante com a divulgação de
dados econômicos no país.
Na última hora dos pregões,
os mercados conseguiram reagir, para fechar em terreno positivo. A Bovespa alternou momentos de alta e baixa durante
o dia: chegou a cair 0,79% e fechou o pregão com valorização
de 0,76%. O dólar caiu para R$
2,194 (recuo de 0,50%).
A divulgação do índice de
preços ao produtor norte-americano (PPI, na sigla em inglês)
não foi bem digerida. O indicador subiu 0,5%, quando se esperava elevação em torno de
0,2%. Ao menos o núcleo do índice, que exclui itens considerados mais voláteis, veio em linha com as estimativas do mercado. Já um índice do mercado
imobiliário dos EUA conhecido
ontem apresentou recuo, mostrando sinais de desaquecimento no setor.
Mas a queda no preço do petróleo no final das operações,
somada a números corporativos favoráveis, acabou por ajudar as Bolsas norte-americanas
a fechar com pequena alta. O
índice Dow Jones teve ganho
de 0,48%. A Nasdaq, Bolsa eletrônica de ações de empresas
de alta tecnologia, subiu 0,27%.
Hoje, será conhecido o CPI
(índice de preços ao consumidor americano), que pode mexer com o humor dos mercados
mundiais. Os investidores também aguardam o discurso de
Ben Bernanke, presidente do
Fed (o banco central dos EUA),
no Congresso para reavaliarem
suas posições.
No Brasil, o Copom (Comitê
de Política Monetária) anunciará hoje, provavelmente no
início da noite, como fica a nova
taxa básica da economia.
Ontem, os juros recuaram
mais um pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
As taxas futuras fecharam mostrando que o mercado espera
que a taxa Selic caia de 15,25%
para 14,75% anuais.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que tem vencimento no fim do mês, a taxa recuou de 14,82% para 14,79%. O
contrato que tem resgate programado para o fim de 2006 fechou com taxa de 14,46%, contra 14,49% do dia anterior.
Segundo o último levantamento realizado pela autoridade monetária, os bancos projetam, na média, que a Selic estará em 14,25% no fim do ano.
Sobe-e-desce
Após as valorizações de segunda, as ações da Sadia e da
Perdigão recuaram ontem na
Bovespa. O papel ON da Perdigão, que subiu 17,6% na segunda, caiu 1,81% ontem. A ação PN
da Sadia recuou 4,83%, após subir 8,07% no dia anterior.
O risco-país brasileiro encerrou as operações com queda de
3,59%, a 242 pontos.
(FABRICIO VIEIRA)
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