São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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Bolsa oscila e avança 0,76%; dólar cai 0,50%

Investidor aguarda hoje inflação nos EUA e Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado brasileiro acompanhou de perto o comportamento das Bolsas de Valores nos Estados Unidos ontem, as quais, por sua vez, oscilaram bastante com a divulgação de dados econômicos no país.
Na última hora dos pregões, os mercados conseguiram reagir, para fechar em terreno positivo. A Bovespa alternou momentos de alta e baixa durante o dia: chegou a cair 0,79% e fechou o pregão com valorização de 0,76%. O dólar caiu para R$ 2,194 (recuo de 0,50%).
A divulgação do índice de preços ao produtor norte-americano (PPI, na sigla em inglês) não foi bem digerida. O indicador subiu 0,5%, quando se esperava elevação em torno de 0,2%. Ao menos o núcleo do índice, que exclui itens considerados mais voláteis, veio em linha com as estimativas do mercado. Já um índice do mercado imobiliário dos EUA conhecido ontem apresentou recuo, mostrando sinais de desaquecimento no setor.
Mas a queda no preço do petróleo no final das operações, somada a números corporativos favoráveis, acabou por ajudar as Bolsas norte-americanas a fechar com pequena alta. O índice Dow Jones teve ganho de 0,48%. A Nasdaq, Bolsa eletrônica de ações de empresas de alta tecnologia, subiu 0,27%.
Hoje, será conhecido o CPI (índice de preços ao consumidor americano), que pode mexer com o humor dos mercados mundiais. Os investidores também aguardam o discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (o banco central dos EUA), no Congresso para reavaliarem suas posições.
No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciará hoje, provavelmente no início da noite, como fica a nova taxa básica da economia.
Ontem, os juros recuaram mais um pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). As taxas futuras fecharam mostrando que o mercado espera que a taxa Selic caia de 15,25% para 14,75% anuais.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que tem vencimento no fim do mês, a taxa recuou de 14,82% para 14,79%. O contrato que tem resgate programado para o fim de 2006 fechou com taxa de 14,46%, contra 14,49% do dia anterior.
Segundo o último levantamento realizado pela autoridade monetária, os bancos projetam, na média, que a Selic estará em 14,25% no fim do ano.

Sobe-e-desce
Após as valorizações de segunda, as ações da Sadia e da Perdigão recuaram ontem na Bovespa. O papel ON da Perdigão, que subiu 17,6% na segunda, caiu 1,81% ontem. A ação PN da Sadia recuou 4,83%, após subir 8,07% no dia anterior.
O risco-país brasileiro encerrou as operações com queda de 3,59%, a 242 pontos.
(FABRICIO VIEIRA)


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