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CRISE NO AR
Roberto Macedo é demitido; novo comando atuará até fusão com a TAM
Comitê de vices vai dirigir a Varig
DA SUCURSAL DO RIO
A Varig anunciou ontem a demissão do executivo Roberto Macedo da sua presidência. A empresa informou também que um
comitê executivo de três membros, todos com cargos de vice-presidentes, irá dirigir a empresa
durante o processo de fusão com
a TAM. A empresa informou que
possui um "plano B" para o caso
de a fusão não chegar a ocorrer.
A mudança de comando foi a
quarta feita pela empresa desde
junho do ano passado, quando o
ex-ministro da Infra-Estrutura
(governo Collor) Ozires Silva deixou o cargo de presidente, substituído por Arnin Lore.
No final do ano, Lore deu lugar
a Manuel Guedes, que neste ano
perdeu o cargo para Macedo, agora substituído pelo comitê formado por Luiz Martins (coordenador do comitê e vice-presidente
operacional), Luiz Fernando Wellisch (vice-presidente financeiro)
e Alberto Fajerman (vice-presidente comercial).
Órgãos afinados
Segundo Joaquim Santos, presidente do Conselho de Administração da Varig, a mudança foi
feita para que "todos os órgãos da
empresa estejam afinados com a
diretriz estratégica [fusão] do
controlador". Martins vai coordenar o comitê executivo e é o presidente do Conselho de Curadores
da FRB (Fundação Ruben Berta),
controladora da Varig.
Santos disse que a fusão entre a
Varig e a TAM, aprovada formalmente pela FRB no dia 2 deste
mês, pode ser efetivada ainda neste ano, mas admitiu que ela corre
riscos, incluindo "interferências
externas com os agentes financeiros [credores da Varig]".
Ele explicou estar referindo-se
aos esforços que a Apvar (Associação dos Pilotos da Varig) vem
fazendo para convencer empregados e credores da Varig de que a
fusão não é a única opção.
Apesar de dizer que o objetivo
da empresa é levar a fusão adiante, Santos disse também que
"nunca se traça um plano sem
uma alternativa", referência ao
chamado "plano B" para o caso
de a fusão não se viabilizar. Mas
não quis dar detalhes sobre o que
viria a ser esse novo plano.
Supremo nega pedido
O ministro do STF (Supremo
Tribunal Federal) Gilmar Mendes
negou seguimento ao mandado
de segurança pelo qual o grupo de
dirigentes da Varig contrário à fusão com a TAM pretendia obter
proibição judicial contra o risco
alegado de intervenção do governo na companhia aérea.
A ação foi movida em julho último pela FRB-Par Investimentos e
tinha pedido de liminar para afastar esse suposto risco. Na época, o
presidente do STF, ministro Maurício Corrêa, pediu informações
ao presidente Lula.
Relator da ação, Mendes mandou arquivá-la, porque considerou que não havia provas da intenção do governo de intervir.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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