|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ANO DO DRAGÃO
Taxa fica em 0,89%; atacado puxa 2ª prévia do IGP-M para 1,04%
Tarifa pública sustenta inflação alta
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
Os reajustes das tarifas públicas
mantêm a taxa de inflação elevada
em São Paulo. Nos últimos 30 dias
até 15 deste mês, a Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas) registrou alta de preços de
0,89%, taxa próxima do 0,91% da
primeira semana do mês.
Heron do Carmo, coordenador
do Índice de Preços ao Consumidor, diz que, apesar dessa taxa elevada, a inflação deve recuar para
0,60% até o final do mês, com as
pressões menores de energia elétrica e de telefone fixo.
Mesmo com essa sustentação
da taxa em patamares acima das
previsões iniciais de 0,4% para este mês, o economista da Fipe acredita em inflação próxima de 7%
para este ano. O núcleo da inflação -excluídos os fatores sazonais- indica que a taxa "está girando por volta de 0,40% ao mês,
ou menos de 5% no acumulado
em 12 meses", diz Heron.
A alimentação é um dos poucos
itens que mantêm aceleração nos
preços. Nos últimos 30 dias, a alta
média no setor foi de 0,37%, contra 0,11% na pesquisa anterior. A
alta se deve à volta dos preços dos
alimentos à normalidade, após
quedas seguidas desde o final de
junho, e ao aumento nos preços
das carnes. Os pesquisadores da
Fipe constataram reajustes de
3,26% na carne bovina e de 3,33%
na suína.
O frango teve aumento de
1,96%, mas a tendência deverá ser
de alta porque os preços das aves
vivas estão subindo nas granjas
paulistas. Após várias semanas estável, o quilo do frango vivo subiu
de R$ 1,45 no final de agosto para
R$ 1,70 ontem.
IGP-M aquecido
A segunda prévia da inflação
medida pelo IGP-M (Índice Geral
de Preços do Mercado) mostrou
alta de 1,04% em setembro, a
maior variação desde março, informou ontem a FGV (Fundação
Getúlio Vargas).
A segunda prévia do IGP-M
também ficou bem acima da registrada no mês de agosto (0,18%)
e foi pressionada pelo fim da safra, que atingiu em cheio os preços do atacado.
O IPA (Índice de Preços do Atacado), que tem um peso de 60%
na composição do IGP-M, passou
de uma queda de 0,06% em agosto para alta de 1,37% neste mês.
Os produtos agrícolas aumentaram 3,89%, contra queda de
0,14% em agosto. Já os industriais
passaram de -0,03% para 0,41%.
Colaborou a Sucursal do Rio
Texto Anterior: Cheques sem fundos registram recorde Próximo Texto: Curto-circuito: BNDES só envia dados para a CVM Índice
|