São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 2006

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Petrobras se recupera, e Bolsa de SP sobe 0,86%

Ação preferencial ganha 3,56%; dólar recua e fecha a R$ 2,148

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo terminou o pregão de ontem em alta, mais uma vez na esteira das ações da Petrobras. Sem eventos econômicos relevantes, a Bovespa subiu 0,86% amparada na valorização de 3,56% registrada pela ação preferencial da Petrobras.
Além do aumento do preço do barril de petróleo (+0,74% em Nova York, para US$ 63,80 o barril), a Petrobras reagiu à queda de 4,73% acumulada pelos seus papéis preferenciais na semana passada. As ações ON (ordinárias) subiram 3,03% no pregão de ontem -caíram 5,56% na última semana.
Nos EUA, a ação da petrolífera Exxon Mobil foi um dos destaques, com alta de 2,55%.
Os mercados tiveram um dia ameno ontem, com os investidores no aguardo da divulgação do PPI -índice de preços ao produtor dos EUA- na manhã de hoje.
O índice de inflação servirá para o mercado fazer os últimos ajustes em suas apostas para a decisão do Fed (o banco central norte-americano) em relação aos juros do país. O Fed decide amanhã como ficará a taxa básica americana, que está em 5,25% anuais.
Se não houver nenhuma surpresa no PPI, as maiores chances são as de o Fed manter os juros inalterados.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou praticamente estável (-0,05%).
Na Bovespa, o giro financeiro só não foi fraco (ficou em R$ 2,23 bilhões) devido ao exercício de opções sobre ações, que movimentou R$ 446,2 milhões.
O mercado de câmbio teve um dia sem movimentos bruscos. O dólar terminou a R$ 2,148, em baixa de 0,19%.

Inflação menor
A pesquisa semanal feita pelo Banco Central com cerca de cem bancos mostrou uma queda importante nas projeções para a inflação futura.
Segundo a pesquisa oficial, os bancos passaram a projetar que o IPCA ficará em 3,23% em 2006, contra 3,73% apontado há um mês. Para 2007, a previsão para o IPCA recuou de 4,50% há um mês para 4,34%.
Com a expectativa de inflação menor, os juros futuros recuaram no pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). No contrato DI que vence daqui a 15 meses, o mais negociado, a taxa caiu de 13,62% para 13,58% anuais.


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