São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 2008

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Banco Washington Mutual continua a negociar venda

DA REDAÇÃO

Mesmo com a possibilidade de um plano do governo americano para assumir as dívidas podres das instituições financeiras, o Washington Mutual, maior banco de poupanças e depósitos dos Estados Unidos, continuava a negociar ontem uma venda ou injeção de capital na empresa.
Segundo a emissora de TV CNBC, o JPMorgan e o Wells Fargo estão negociando com a instituição, mas ainda não fizeram uma oferta formal. O Citigroup e o HSBC também aparecem entre os possíveis interessados pelo banco, que nos últimos dias vem sendo apontado como um dos mais prováveis a serem derrubados pela crise financeira americana.
Mas, caso a ajuda do governo se confirme, esse cenário poderá mudar. Ontem, as ações do Washington Mutual subiram 48%, depois de caírem 13% no dia anterior, em um cenário similar ao que aconteceu com outros bancos americanos.
O Morgan Stanley, que também aparece na lista das possíveis próximas vítimas de Wall Street, também continuava a discutir uma fusão com o Wachovia, além de outras instituições. O segundo maior banco de investimento dos Estados Unidos discutia ainda a venda de uma parte da instituição para o fundo soberano do governo chinês. No fim de 2007, o governo da China, por meio desse fundo, adquiriu 9,9% do banco por US$ 5 bilhões.
O banco de investimento buscava acelerar as negociações até a manhã de ontem, com medo de que ocorresse o mesmo que aconteceu com o rival Lehman Brothers, que demorou a negociar e, sem um acordo, pediu concordata. O Lehman vendeu parte de suas operações nos EUA por US$ 250 milhões para o Barclays.
Vários analistas dizem que, ao final da crise, não existirão mais bancos de investimento independentes -os que sobrarem deverão estar ligados a bancos comerciais, considerados mais estáveis e com menos dificuldades para financiar operações neste momento neste momento de turbulência.


Com agências internacionais


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