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BANCOS
EUA estudam plano para conter bônus que incentivem riscos
FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK
O Fed (o Banco Central
dos EUA) deve anunciar nas
próximas semanas um plano
para evitar que executivos e
funcionários de bancos assumam riscos excessivos na esperança de ganhar elevados
bônus e compensações.
A ideia é que as autoridades regulatórias dos EUA
passem a examinar os programas de gratificações e salários dos maiores bancos
para concluir se há a expectativa de ganhos desproporcionais aos resultados.
Ficariam sujeitos a esse
exame e às novas regras todos os funcionários em posição de assumir riscos nas
operações do dia a dia.
A explosão da crise em
2008 foi provocada em boa
parte por apostas arriscadas
realizadas por vários departamentos de bancos em busca de lucros muito elevados.
Os norte-americanos vêm
sendo pressionados no âmbito do G20 (grupo de países
do qual o Brasil participa e
que se reunirá na semana
que vem nos EUA) para adotar medidas que desencorajem elevados riscos.
As maiores pressões vêm
da França e da Alemanha. Os
dois países já anunciaram
que vão adotar regras mais
rígidas para seu sistema financeiro e para bônus.
Nos EUA, durante a primeira metade de 2009, os
cinco maiores bancos (Bank
of America, Citigroup, Goldman Sachs, JP Morgan Chase e Morgan Stanley) reservaram cerca de US$ 61 bilhões para o pagamento de
gratificações. Todos os cinco
foram socorridos com dinheiro público em 2008.
O valor reservado neste
ano é só 20% menor do que o
registrado em 2007, antes da
crise. E é bem maior do que
os lucros conjuntos dos bancos no primeiro semestre de
2009, de US$ 23 bilhões.
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